18/02/2022 - 19:24 | última atualização em 21/02/2022 - 11:50

COMPARTILHE

Alternativas para modernizar a gestão e ecos da pandemia pautam 1º Colégio de Presidentes de Subseção do triênio

Clara Passi

Lideranças das 63 subseções da OABRJ estão reunidas na sede da entidade para o 1º Colégio de Presidentes de Subseção do triênio 2022-2024. O encontro foi aberto na tarde desta sexta-feira, dia 18, com falas da Diretoria da Seccional e do presidente da Caarj, e será encerrado no dia seguinte, quando haverá a leitura da carta que registra os principais temas abordados nas plenárias.

Diante de diversos rostos novos e de outros que foram reconduzidos nas últimas eleições, o presidente da Ordem, Luciano Bandeira, detalhou os planos da gestão que se inicia e compartilhou os desafios impostos pela manutenção da estrutura da OABRJ no estado. 

“Tenho muito orgulho de ter criado o Portal da Transparência, uma ferramenta acessível a todos e em constante aperfeiçoamento, com números da Seccional e das subseções. Cumprimos as exigências de controle orçamentário determinadas pelo Conselho Federal, implantamos a controladoria e nos adequamos integralmente aos mais modernos sistemas de gestão, governança e controle”, disse Luciano.

Frente o avanço da vacinação, Luciano resumiu os pleitos que vem defendendo perante o Judiciário: a plena retomada das atividades presenciais, com juízes presidindo audiências nas varas, mesmo na modalidade híbrida, a luta da Ordem para barrar a extinção dos postos avançados da Justiça do Trabalho em comarcas do interior e a recente aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei 5284/2020, que atualiza o Estatuto da Advocacia reforçando a defesa das prerrogativas.

“Vamos buscar manter as vantagens que a virtualização trouxe, como a possibilidade de sustentar remotamente, sem custos de deslocamento, mas com primazia pelo mundo presencial”.

O presidente destacou a necessidade de implementação de medidas de austeridade financeira com vistas à preservação do amplo leque de serviços oferecidos à classe em todo o estado, apresentando alternativas tecnológicas que modernizem a dinâmica do atendimento à advocacia.

O novo presidente do Departamento de Apoio às Subseções (DAS), Alfredo Hilário, reiterou a parceria da Seccional com os líderes das unidades da Ordem. 

“Minha missão é ouvi-los e avançar junto com vocês para acolhermos as demandas legítimas da advocacia”.

Tesoureiro da OABRJ, Marcello Oliveira colocou aos presidentes a tarefa de debater o modelo de gestão de que a Ordem precisa a partir de agora: “Temos a obrigação de enxergar o futuro e entregá-lo à classe”. 

O secretário-geral da Seccional, Álvaro Quintão, classificou o enfrentamento da Ordem com um Judiciário “cada vez mais hostil, que criminaliza nossa atividade, entrega uma prestação jurisdicional morosa e tenta colocar em prática iniciativas que prescindem da presença do advogado” o maior desafio dos representantes da advocacia. 

Primeira gestão marcada pela paridade de gênero e pelo sistema de cotas raciais


A vice-presidente da OABRJ, Ana Tereza Basílio, lembrou que esta é a primeira composição sob o signo da paridade de gêneros instituída nas últimas eleições e anunciou a intenção de levar ao interior programas de ensino jurídico para capacitar a advocacia. A nova secretária-adjunta da Seccional, Monica Santos, saudou as mulheres empossadas na presidência das sedes e elogiou o compromisso que a atual diretoria tem com a inclusão de pretos e pardos.

Antes da abertura dos trabalhos, observou-se um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da tragédia provocada pelas fortes chuvas que caíram sobre Petrópolis. O presidente da Caarj, Ricardo Menezes, contou sobre a iniciativa institucional de arrecadar donativos para as vítimas e o apoio prestado ao presidente da subseção da cidade serrana, Marcelo Schaeffer .

Menezes lembrou também do amplo trabalho de assistência à classe e aos familiares, nas mais diversas frentes, realizado ao longo de quase dois anos de pandemia. 

“Queremos estar cada vez mais presentes no dia a dia da advocacia e contamos com os presidentes de subseção para viabilizar este objetivo”. 

No início do encontro, o novo presidente do Tribunal de Ética e Disciplina, Carlos Alberto Menezes Direito Filho, que sucede a Marcos Bruno, fez uma breve apresentação das metas da gestão, que passam pela aproximação do tribunal com os colegas do interior, uniformização jurisprudencial, incremento das iniciativas de cunho pedagógico em universidades.

Abrir WhatsApp