28/11/2012 - 15:02

Chuvas provocam mortes e OAB critica governo

A forte chuva do dia 6 de abril deixou em Teresópolis um saldo de cinco mortos, uma pessoa desaparecida, 15 feridas, além de quase mil desabrigados. Tudo isso um ano e três meses após a maior tragédia climática do país, que matou mais de 900 pessoas na Região Serrana.
 
Apesar de anúncios de investimentos por parte dos governos federal e estadual, obras de recuperação, de contenção de encostas e de construção de novas moradias, a verdade é que nem todas as localidades atingidas receberam os benefícios, tornando iminente uma nova tragédia. Segundo o presidente da subseção local, Jefferson Soares, nem mesmo as sirenes de alerta contra temporais, instaladas no início deste ano, funcionaram corretamente. “Estes equipamentos custaram R$ 1 milhão aos cofres públicos e não funcionaram como deveriam. É um absurdo”, criticou o presidente da OAB/Teresópolis.

Para o presidente da Seccional, Wadih Damous, as mortes recentes denunciam o descaso do poder público com a população. “Essas mortes são um escárnio à boa fé pública. Elas evidenciam o quanto estão distantes as promessas políticas da realidade da população sofrida. Esperemos que o Governo cumpra com suas promessas e que, até lá, ninguém mais morra”, lamentou.
 
Indefinição política agrava situação
 
A situação política de Teresópolis tem, segundo a Diretoria da subseção, agravado os problemas em relação às obras de reconstrução. Atualmente na Prefeitura, Arlei Rosa, ex-presidente da Câmara de Vereadores, assumiu o cargo em agosto passado, depois que o então prefeito Jorge Mário foi afastado por suspeita de desvio de verbas.  
 
De acordo com a Diretoria da 13ª Subseção, ainda não está definido se Rosa permanecerá como prefeito até as próximas eleições ou se haverá uma eleição indireta. “Até lá, aguardamos sem explicações”, afirmou o vice-presidente da OAB/Teresópolis, Rodrigo da Cunha.
 

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