O Salão Nobre na sede da OABRJ presenciou, na manhã desta sexta-feira, dia 29, a instalação da Comissão da Advocacia Extrajudicial em Cartório e a posse de seus respectivos membros. O principal objetivo do colegiado é trazer à luz o debate dos processos extrajudiciais no Brasil, que ganhou força com as tentativas de desafogar o Judiciário. Esta modalidade de processo é definida por ações feitas - com ou sem a presença de advogados - para buscar conciliação entre as partes. O Relatório Justiça em Números, publicado pelo Conselho Nacional de Justiça em 2023, revelou que mais de 81,4 processos judiciais tramitaram no país em 2022, volume recorde para o país. Desses, 21,3 milhões foram protocolados como extrajudiciais. O prazo médio de tramitação de um processo judicial no Brasil é de 2 anos e 5 meses até a promulgação da sentença. “A criação da Comissão da Advocacia Extrajudicial em Cartório da OABRJ nos dá um orgulho enorme, porque é uma área em franco crescimento no Brasil. Tenho certeza que a grande tendência do Direito, atualmente, é extrajudicialmente, em cartório”, afirmou a vice-presidente da Seccional, Ana Tereza Basilio. Ela estava presente de maneira remota, uma vez que se encontra em Nova Friburgo para solenidade de entrega de carteira e da Medalha Sobral Pinto. O presidente da nova comissão, Claudio Bordallo, expressou sua felicidade em retornar para a Ordem, após mais de 10 anos. “A criação desta comissão é um marco muito grande, porque muitos daqui não faziam parte de qualquer comissão da OAB. A gente fica bastante gratificado em abrir esta porta para as pessoas. Isso tem um valor muito grande, e, com isso, esperamos fazer um trabalho muito bom”, afirmou. Complementaram a mesa a vice-presidente da Comissão da Advocacia Extrajudicial em Cartório da OABRJ, Cristina Cruz; a presidente da Comissão de Mentoria da OABRJ, Thaís Fontes; e as diretoras-adjuntas estadual e municipal da Associação Brasileira de Advogados (ABA/RJ), Simone Vianna e Cintia Possas. Cristina Cruz, vice-presidente da comissão, agradeceu a presença de Thais Fontes e a parceria com a Mentoria Jurídica. “Esta comissão já deveria existir há muito tempo, porque o campo dela é de extrema importância. Eu mesma estou nesta fase de resolver tudo de forma extrajudicial, que caminha muito bem”, complementou Thais Fontes. “A mentoria sempre estará à disposição para o que precisarem”