16/03/2015 - 12:26

COMPARTILHE

Você é a favor da obrigatoriedade do Exame de Ordem?

16/03/2015 - 12:26

Você é a favor da obrigatoriedade do Exame de Ordem?

A obrigatoriedade do Exame de Ordem voltou à pauta em fevereiro, quando a Câmara dos Deputados desarquivou o Projeto de Lei 5054/2005, do deputado Almir Moura (sem partido/RJ), que visa a acabar com a prova. Além disso, a Câmara, cujo presidente, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) já se posicionou contra o exame, lançou uma enquete em seu site oficial para saber a opinião da população em relação à ideia de sua extinção. O movimento foi duramente criticado pela OAB/RJ e, por isso, a TRIBUNA foi às ruas saber o que a advocacia pensa sobre a questão. A grande maioria sustenta a necessidade de manutenção do processo de seleção.
 
Sou a favor, sim. Acho extremamente importante que os estudantes saiam da faculdade com a aferição daquilo que eles aprenderam, para que até mesmo eles próprios possam constatar se estão aptos a advogar ou não. Infelizmente, vemos muitos advogados que não sabem o que fazer, como se portar na frente do cliente, esse tipo de coisa, e acho que o fim do exame só pioraria esse quadro.
Eduardo Albuquerque, advogado, 29 anos

O Exame de Ordem deve continuar, pois, de outra forma, a advocacia se nivelará por baixo. As faculdades de Direito que temos no Brasil, no geral, são bem fracas. Então acho necessário, sim, o Exame de Ordem para nivelar, nem que seja o mínimo, a qualidade, para amanhã a gente não ver petição feita em papel de pão.
Leonardo Siqueira, advogado, 37 anos

Sou totalmente a favor do Exame de Ordem, porque acho que é um filtro. Hoje temos muitas faculdades, houve uma disseminação dos cursos de Direito e acho que a prova ajuda a selecionar os qualificados a exercer a profissão. Talvez eu seja a favor de uma melhoria, mas da extinção, de forma nenhuma. Ela é necessária e uma parte importante da formação dos colegas. A gente tem que passar.
Agatha Goulart Rodrigues Melres, advogada, 25 anos

Eu me formei em 1994, portanto minha turma ainda não teve a obrigatoriedade de prestar o exame. O que posso dizer é que grande parte dos meus colegas advoga sem dificuldades. O exame não é balizador de capacidade. Se as faculdades não fossem tão comerciais como são hoje, permitindo que qualquer um se forme mesmo sem estar apto, não seria necessária essa prova. Fui professor e vi que há alunos que se formam em Direito sem nem saber português. Mas o certo seria melhorar a seleção nas faculdades e não usar o exame como uma catraca.
Alexandre Martins dos Santos, advogado, 44 anos
 
A obrigatoriedade do exame ajuda a peneirar os advogados que estão indo para o mercado de trabalho. Acredito que a primeira fase, de fato, não mede o grau de conhecimento jurídico dos candidatos exatamente, mas a segunda, que pede que transforme um caso concreto em uma peça, é essencial para medir conhecimento jurídico. Por mim, poderia inclusive só existir essa fase.
Bernardo de Siqueira Campos, advogado, 33 anos

Sou totalmente a favor do Exame de Ordem, tendo em vista a importância da profissão na vida, no cotidiano das pessoas. Ele é uma forma de verificar se o profissional é realmente capacitado a exercer essa função tão importante.
Marcos Ramires, advogado, 37 anos

Como advogado, acho que o exame de fato é necessário. Na época em que me formei tive inclusive a opção de não fazer a prova, mas optei por fazê-la, porque acho que ela ratifica, dá respaldo ao exercício da profissão e seleciona os advogados mais competentes para o exercício da advocacia. É algo que merece, sim, a manutenção por parte da Ordem, de forma a abrilhantar cada vez mais o serviço do advogado.
Luís Sepúlveda, advogado, 48 anos

O exame se faz necessário, sim, porque mesmo com ele, com toda sua dificuldade, vemos que cada vez mais a qualidade do profissional está caindo. São muitos os advogados trabalhando, representando clientes sem ter conhecimento da lei. Isso só faz prejudicar a sociedade no geral pela função que o advogado exerce. Sem o exame isso seria até pior. Então acho que deve ser mantido.
Julia Gomes, advogada, 44 anos

Abrir WhatsApp