13/11/2012 - 14:50

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Qual é a situação atual da Justiça do Trabalho?

13/11/2012 - 14:50

Qual é a situação atual da Justiça do Trabalho?

Após passar por mudanças que incluem a adoção do sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe-JT), a Justiça do Trabalho foi bem avaliada pela maioria dos advogados entrevistados pela reportagem da Tribuna do Advogado no prédio do Tribunal Regional do Trabalho, localizado na Rua do Lavradio, na Lapa.
 
A fim de saber sobre o funcionamento do órgão, nossa equipe perguntou aos colegas: Qual é a situação atual da Justiça do Trabalho?
 
As respostas foram publicadas na seção Tribuna Livre do jornal.
 
A Justiça do Trabalho tem caminhado melhor, embora o problema da falta de serventuários faça com que os processos demorem um tempo muito maior do que o razoável. Com isso, os reclamantes não recebem, as empresas não têm suas sentenças e não conseguem fazer seus levantamentos. Há também muita burocracia de cartório, que nos atrapalha, como a que estabelece que o processo não pode mais ser desarquivado sem que o presidente do tribunal defira o pedido. Daniele Boechat, advogada, 35 anos
 
  • A situação, em geral, é boa aqui. Melhorou muito. Mas minha ressalva é em relação ao atendimento na secretaria das varas, onde só tem uma pessoa para atender os advogados. Isso provoca demora, pois a mesma pessoa que atende vai procurar os processos. Wellington Vieira, advogado, 67 anos
 
  • A Justiça, no geral, não está do jeito que gostaríamos que fosse: rápida, célere. Entretanto, a área trabalhista ainda é a ‘menos pior’. Ela está  à frente das outras em muita coisa, como na marcação das audiências, por exemplo. Os juízes daqui atendem melhor os advogados, procuram se desprender mais para resolver nossas questões. Porém, ainda pode melhorar na questão da celeridade processual. Fabio Salome Correa, advogado, 44 anos
 
  • Como todo órgão público, a Justiça do Trabalho carece de algumas melhorias. Muita coisa foi aprimorada nos últimos anos e a aproximação da Ordem contribui para isso. Mas o presidente e os administradores do tribunal ainda podem trabalhar principalmente na questão da demora na tramitação dos processos, que ainda é um problema latente. Igor Gadaleta, advogado, 38 anos
 
  • A Justiça Trabalhista avançou bastante, mas ainda tem muito para melhorar. Os processos continuam lentos, mas acho que o processo eletrônico vai ajudar. Porém, penso que os serventuários têm que estar mais bem qualificados, responderem por metas, por exemplo, para produzir mais. Leandro Nascimento, advogado, 34 anos
 
  • A Justiça do Trabalho, em relação às outras, ainda é a mais prática. Isso é um ponto positivo para o advogado, que precisa de uma tramitação célere, sem burocracia, sem entraves, para que a marcha processual ande mais rapidamente. Encontramos hoje boa vontade nos funcionários, que trabalham em harmonia, o que não ocorre em uma vara estadual, por exemplo, onde cada um faz o seu. Até os juízes aqui tentam dar celeridade aos nossos processos. Alexandre Souza da Silva, advogado, 42 anos
 
  • A morosidade dos serventuários, principalmente nos serviços de secretaria, me incomoda muito. Isso deve acontecer pela demanda de processos, mas deixa a desejar. Temos que ficar em cima para que a coisa ande e, enquanto isso, o cliente está nos cobrando. Pelo menos as audiências estão acontecendo nos horários. Maria Aparecida Pimentel, advogada, 51 anos

Versão online da Tribuna do Advogado, edição de novembro.
 

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