13/09/2016 - 14:25

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Menino 23 abre debate na OAB/RJ sobre raízes do racismo e reparação

13/09/2016 - 14:25

Menino 23 abre debate na OAB/RJ sobre raízes do racismo e reparação

Seguido de debate sobre reparação da escravidão negra e trabalho escravo, o documentário Menino 23 – Infâncias perdidas no Brasil foi exibido em evento realizado na OAB/RJ no dia 30 de agosto. Dirigido por Belisario Franca, o filme teve como ponto de partida a tese de doutorado do historiador Sidney Aguilar Filho na Unicamp, e mostra o quanto a discriminação de raça é enraizada no país, tendo, inclusive, havido um flerte institucional com o nazismo e o racismo científico: a eugenia.

O nonagenário Aloysio Silva, falecido recentemente, é o personagem real que dá nome ao filme e norteia a história narrada pelo professor Aguilar Filho sobre como ele e outros 49 meninos foram retirados de um orfanato no Rio, ainda crianças, pela poderosa família Rocha Miranda e levados para uma fazenda em São Paulo, onde foram obrigados a trabalhar escravizados até a adolescência. A relação da família com o integralismo, movimento inspirado no nazismo, é exposta no documentário, que demonstra como ideias da eugenia eram naturais no pais.

A mesa contou com a presença de Franca e da roteirista Bianca Lenti. O diretor do Centro de Documentação e Pesquisa da OAB/RJ, Aderson Bussinger, e o presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da OAB, Humberto Adami, guiaram as palestras. Participaram a desembargadora aposentada Ivone Caetano, o ativista da luta antirracista Yedo Ferreira, o antropólogo Júlio Tavares e o coronel da Polícia Militar Jorge da Silva, membro da comissão. 
 

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