01/11/2013 - 12:40

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Colegas falam sobre funcionamento do JEC da Pavuna

01/11/2013 - 12:40

Colegas falam sobre funcionamento do JEC da Pavuna

Após receber todo o acervo do Juizado Especial Cível (JEC) de Guadalupe, a situação na serventia da Pavuna, que já recebia reclamações de colegas devido à falta de estrutura, só piorou. Ao visitar o Fórum da Pavuna para colher depoimentos dos advogados e estagiários, a reportagem da Tribuna pôde constatar a situação caótica, agravada pelo intenso fluxo de pessoas no mesmo corredor onde agora também funciona a Defensoria Pública, por conta de obra no ar condicionado central, como foi informado na edição de setembro da revista. Os entrevistados foram unânimes nas críticas à serventia.
 
A junção do JEC de Guadalupe com este tornou a situação, que já não era boa, péssima. Até porque só tem uma pessoa no atendimento, para partes e advogados. A fila fica imensa, o fórum é pequeno e o corredor fica lotado, porque ali também estão as pessoas para o atendimento na Defensoria Pública. Não tem como comportar todo mundo, e para piorar, o ar-condicionado não dá vazão.
Grazielle Cardoso, estagiária, 21 anos
 
O cartório não tinha condições estruturais de atender os advogados do JEC de Guadalupe. Depois da transferência da demanda de lá pra cá, as audiências atrasam todos os dias duas ou três horas. Ficamos em filas por mais de uma hora só para obter uma informação e nossos processos não são localizados porque não há funcionários suficientes. Além disso, não temos o mínimo de conforto, sem ar-condicionado e sem cadeiras para essa quantidade de pessoas. Trabalho aqui já há dois anos e acho que é o pior período que já vivi.
Marcelo Pinheiro, advogado, 39 anos
 
A situação aqui é insuportável. É constantemente isso: as pessoas não têm como ser atendidas, não têm ao menos como conseguir uma informação, porque falta funcionário, falta estrutura, falta tudo. Quando é dia de Defensoria, a gente tem dificuldade até mesmo de entrar no fórum porque acumula muita gente no corredor.
Renata Lopes Manso, advogada, 34 anos
 
Como qualquer um que vem aqui pode perceber, a situação é caótica. Todos os dias é esse mesmo quadro triste para nós, advogados. Até os funcionários ficam sem motivação, estressados, porque querem fazer um trabalho decente, mas a demanda é muito grande. Eles não têm como dar o retorno, nem para os colegas nem para as partes. É preciso que venham urgentemente novos serventuários para cá.
Rita Emmanuelle, advogada, 32 anos
 
O funcionamento do JEC da Pavuna é muito problemático, pois ele não está comportando o grande número de processos que vieram de Guadalupe. As audiências atrasam, o andamento dos processos é lento, os mandados de pagamento demoram a sair... E, além disso, a Defensoria Pública funcionando no mesmo corredor torna tudo aqui muito confuso. As pessoas ficam amontoadas e sem ar-condicionado. É uma situação que precisa ser solucionada não só para os advogados, mas para todos os cidadãos.
Sabrina Ignácio do Nascimento, advogada, 31 anos
 
Não temos estrutura para suportar os cerca de nove mil processos que vieram do JEC de Guadalupe para cá. Estamos assoberbados, pois a demanda aumentou mas o número de funcionários e de juizes é o mesmo. Os mandados de pagamento demoram cerca de seis meses para sair, por exemplo. Foi colocado um balcão de atendimento para advogado e um para partes, mas só tem um serventuário para atender os dois. Isso tudo em um calor infernal. É o caos.
Oswaldo Luiz Rosalba Silva, 55 anos
 
Tudo aqui está muito tumultuado. As audiências chegam a demorar cerca de quatro horas para serem realizadas. Com essa obra e a transferência da Defensoria para cá, as coisas só pioraram. Fica muito cheio e o atendimento demora demais porque esse acúmulo de pessoas gera fila. Além disso, o andamento dos processos é muito lento.
Maria Francisca Costa, advogada, 53 anos
 
O serviço está péssimo porque não temos nem espaço físico, nem serventuários suficientes. O resultado é que os mandados de pagamento estão todos atrasados, os processos demoram muito tempo para estar disponíveis para os advogados e, fora isso, é o que dá para se ver aqui, esse caos. Já perdi a conta de há quanto tempo não temos ar-condicionado, e agora, com mais pessoas, é mais calor e ânimos exaltados. O JEC da Pavuna não funciona direito, não tem condições nem de atendimento ao público.
Rita Cláudia Abreu, advogada, 35 anos
 

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