12/03/2013 - 15:45

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Você está conseguindo peticionar pelo PJe-JT?

12/03/2013 - 15:45

Você está conseguindo peticionar pelo PJe-JT?

Problemas de incompatibilidade de navegadores com o sistema, anexação de documentos e indisponibilidade da rede foram alguns dos complicadores citados por colegas no Tribunal Regional do Trabalho quanto à fase de implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe-JT). Os advogados ouvidos pela TRIBUNA no prédio da Rua do Lavradio se dividiram em críticas e elogios à mudança.
 
Estou conseguindo peticionar normalmente, inclusive com mais rapidez. Muitos advogados ainda não fizeram sua certificação digital, mas, no meu caso, que já fiz há um tempo, tudo está correndo sem transtornos. Acho que ainda somos tomados por algumas dúvidas em relação ao sistema, mas problema mesmo para trabalhar nele, eu não tive.
Alexandre Sampaio, advogado, 32 anos
 
O processamento, neste sistema, é extremamente complicado. Acho que o advogado virou uma espécie de cobaia, porque é obrigado a ter um sistema instalado para processos da Justiça Federal, um para os da Justiça do Trabalho e um para os da Justiça Estadual. Cada um roda com um programa diferente. Às vezes, entram até em conflito um com o outro, provocando uma confusão infernal. O sistema judiciário deve se organizar e encontrar um senso comum para facilitar a vida dos advogados.
Antonio Ayres, advogado, 65 anos
 
Consegui fazer o cadastramento; o maior problema que estou tendo é a perda de tempo. O advogado está fazendo o papel do distribuidor. O que antes eu levava cinco minutos em uma fila para fazer, agora levo 40 minutos em média, com todo o trâmite que é necessário no PJe. Isso, fora os problemas de erro no site, com a indisponibilidade do sistema, porque não deve estar dimensionado para essa multidão de advogados peticionando. Mas em relação à incompatibilidade de programas ou de hardware não tive problemas.
 
Guilherme Santos, advogado, 35 anos
 
Sabe o que está acontecendo com processos que estão em prevenção em alguma vara? Nós temos que vir aqui para poder distribuir novamente, porque no site ainda não há a opção de distribuição por prevenção. Todo mundo está com problemas para rodar esse sistema no computador, está muito dificultoso para nós, advogados.
Sarita Paiva, advogada, 48 anos
 
No escritório em que trabalhamos, que tem um grande volume de processos trabalhistas, estamos conseguindo peticionar, sim. Acho que essa mudança já deveria ter acontecido há mais tempo. O único problema que temos observado é que ele não é compatível com todos os navegadores, mas, fora isso, foi uma opção válida e vai solucionar problemas como a locomoção dos advogados para ter que protocolar, o volume de papel, entre outras coisas.
Pedro José Soares, estagiário, 23 anos
 
Estou tendo problemas para peticionar no PJe, porque a dificuldade para a instalação dos programas é muito grande e falta informação para os advogados. A estrutura deixa a desejar: ligo, mas nunca consigo falar com o atendimento telefônico, por exemplo. Tenho o sistema e-DOC, mas ele não está satisfazendo. Eu me sinto impedido de utilizar meu direito de assistir os clientes e interpor minhas ações da forma que aprendi, como eu estudei para fazer. 
Augusto César Alves Sá, advogado, 28 anos
 
Ainda temos dificuldade para fazer a petição pelo PJe. Uma colega minha ficou a noite inteira tentando enviar uma inicial, sem êxito. Minha crítica sobre esse sistema é que ele fere o princípio constitucional do acesso à Justiça. Limita o trabalhador. Se um advogado quiser entregar uma petição, terá que ser cadastrado para isso. Acho que, já que tomaram essa iniciativa, que estão pensando em mudanças, poderiam também conceder honorários advocatícios para os colegas da área trabalhista, um pleito muito mais urgente.
Eduardo Mario Sampaio, advogado, 29 anos
 
Nós estamos tendo muita dificuldade, principalmente para anexar documentos pelo PJe. O sistema é muito lento, a página demora a carregar e acabamos não conseguindo anexar. Espero que os problemas sejam restritos a esta fase inicial mesmo, ao período de implantação, e que depois consigam estabilizar o sistema. Mas, por enquanto, está muito difícil.
Cíntia Macedo, advogada, 38 anos

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