19/11/2014 - 13:08

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O que você acha da eleição direta para a lista do Quinto constitucional?

19/11/2014 - 13:08

O que você acha da eleição direta para a lista do Quinto constitucional?

Em setembro, a OAB/RJ anunciou que as indicações para a formação da lista sêxtupla para os cargos de desembargadores do Tribunal de Justiça acontecerão, a partir de agora, por eleição direta, ou seja, todos os advogados inscritos na Seccional terão direito a voto.
Tradicionalmente, os currículos dos candidatos eram analisados por conselheiros da entidade. Após esta etapa, e de uma sabatina, a lista de nomes era submetida à votação do Conselho Pleno. 

Para saber como os colegas viram a mudança no sistema de seleção a TRIBUNA foi à Casa do Advogado Celso Fontenelle pergunta-los.


Se considerarmos que vivemos em nosso país um processo de maturidade democrática, este é um dos parâmetros mais democráticos, porque o sistema de escolha pautado em uma minoria se torna muito vulnerável a pressões externas. Entendo que um desembargador oriundo da própria classe fica munido de uma legitimidade maior na sua atuação e imune também a uma possível vulnerabilidade, posteriormente.
Charles Machado, advogado, 45 anos
 
 
 
Sou plenamente favorável às eleições diretas para o Quinto. Acho que é democrático. Com todo o respeito que tenho pelos conselheiros, em um processo de escolha de grande repercussão e de amplas consequências para a sociedade, que a massa dos advogados participe, e não um grupo restrito.
José Bessa, advogado, 80 anos
 
 
É ótimo podermos votar em uma pessoa que acreditamos que vá representar bem a classe, porque precisamos, para estar do outro lado, de alguém que realmente saiba o que vivemos no dia a dia, o que passamos nos tribunais. Colocar um candidato que veio da advocacia e foi selecionado pela própria classe é mais positivo.
Lila Maria Silva Valle, advogada, 54 anos
 
 
Essa novidade é fantástica, tendo em vista que teremos mais transparência em relação aos advogados que serão escolhidos para a formação da lista sêxtupla e os colegas terão mais participação no processo dessa conquista que é atingir o cargo de desembargador.
Cléber Adôrno, advogado, 45 anos
 
 
Acho importante a eleição direta, inclusive é mais democrático, porque a classe vai decidir quem será o melhor advogado para integrar a lista do Quinto. Os próprios advogados julgarem os candidatos é importante até porque na convivência sabemos da competência de um ou de outro e teremos também menos injunções políticas.
Alberto Moreira Filho, advogado, 79 anos
 
 
Acho ótima essa mudança, porque assim vamos ter a chance de escolher nosso representante diretamente. Não vai ficar mais ao encargo de alguém que nós nem conhecemos essa representação da classe no tribunal. A relação com o Judiciário fica mais próxima quando participamos de sua formação, que hoje ainda é muito distante.
Tânia Lima, advogada, 48 anos
 
 
A decisão pelas eleições diretas é ótima, há inclusive uma luta dos advogados nesse sentido há um tempo, haja vista o Estado Democrático de Direito. A lista do Quinto refletir a vontade dos advogados  estende à nossa classe uma tendência que vem sendo praticada por alguns setores do Judiciário. Com certeza qualquer um agora, desde que se encaixe nos padrões requisitados, se sentirá mais esimulado a concorrer a essa vaga.
Charles de Souza Lima, advogado, 41 anos
 
 
Vai ser bom para que mais advogados possam participar dessa escolha, principalmente os do interior, que são esquecidos. É uma forma de democratizar a seleção, até porque os desembargadores influenciam muito no nosso trabalho. Acredito as pessoas vão ficar mais estimuladas a se candidatarem.
Amanda Costa Brum, advogada, 25 anos

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