Obrigada a sair do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas (Acat) passou a funcionar em uma sala cedida pela OAB/RJ na Casa do Advogado Paulo Saboya, na Rua do Rezende. 
Na inauguração do novo espaço da Acat, em 2 de junho, o presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, criticou a decisão do tribunal. “É lamentável. Mas esse não é um problema da Acat. Esse é um modelo do Judiciário brasileiro, que quer se livrar da Acat, depois da Ordem, para então transformar tudo em peticionamento eletrônico. É um processo de exclusão”.

Felipe também destacou a necessidade de união da classe. “A advocacia trabalhista no Rio de Janeiro tem mais de 20 mil militantes. O dinheiro usado para esse espaço da Acat é nosso. Dinheiro de advogado é um só. São as nossas entidades e nossa história é fruto delas. Seria tolo se criássemos divisões onde não há”.

O presidente da Acat, André Vasserstein, destacou que a saída da associação do TRT foi consequência de uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que queria cobrar aluguel por utilização das salas das associações trabalhistas em todo o país, o que ele considerou inviável. “A Acat é uma associação de luta. Iremos continuar batalhando em defesa do Direito do Trabalho e dos advogados que militam nessa Justiça especializada”, afirmou.
A sala leva o nome David Silva Júnior, membro mais antigo da Acat.