29/07/2016 - 17:24

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Casal obtém autorização para registrar filha com nome africano

29/07/2016 - 17:24

Casal obtém autorização para registrar filha com nome africano

Uma decisão histórica do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ) em 9 de junho autorizou que os pais da pequena Makeda Foluki pudessem registrar a filha com o nome que escolheram para ela, de origem africana.

O pedido de registro havia sido negado há dois meses pelo oficial de registros de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Na justificativa oficial, ele defendia que o nome poderia expor a criança ao ridículo e destoava da brasilidade.

Segundo a mãe de Makeda, Jéssica Juliana, a escolha levou em consideração a sonoridade, para que não fosse estranha aos ouvidos brasileiros e, ainda assim, tivesse sentido para os pais. “Makeda foi uma rainha etíope, uma mulher negra forte, e esse significado era o que queríamos para nossa filha”. Eles se recusaram a registrar a menina com outro nome.

A advogada Sandra Machado, membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB/RJ, acompanhou o processo. Ela comemorou a conquista, mas criticou o fato de ter sido necessária uma ação judicial. “Temos que brigar pelo nome que os pais escolheram para sua filha? O vínculo familiar não é importante? ”, questionou.
 

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