O Colégio de Presidentes de Subseção foi o palco escolhido para a divulgação de duas novidades. O presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, revelou a intenção de criar um conselho para tratar da crise da categoria e o presidente da Comissão de Prerrogativas e tesoureiro da Seccional, Luciano Bandeira, anunciou, para o início de 2017, o lançamento do Portal da Transparência da entidade.

O encontro aconteceu, entre os dias 1º e 4 de dezembro, em Cantagalo, Região Serrana do Rio, e contou com a participação do presidente eleito do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região para o biênio 2017/2018, desembargador Fernando Zorzenon, e do ouvidor-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luiz Cláudio Allemand. 

“Tivemos um ano muito difícil. Os sacrifícios serão terríveis, mas temos que dar o exemplo, e cobraremos o mesmo do Judiciário. Peço a reflexão de todos, é preciso entender que novos tempos precisam de novas respostas”, sublinhou Felipe, ao divulgar que vai convidar presidentes de sindicatos e associações ligadas à advocacia, representantes do Conselho Seccional e da Caarj, e ex-presidentes da Ordem para tratar dos rumos da categoria.

Já o Portal da Transparência divulgado por Luciano (leia matéria completa na página 44) permitirá aos advogados saber detalhadamente como é investido o dinheiro arrecadado com as anuidades.

Entre os temas discutidos pelos presidentes de subseção e pela diretoria da Seccional, estiveram ainda a relação corrupta entre empresas e governo e a necessidade de uma reforma política, especialmente diante da crise de representatividade pela qual passa o país. No campo institucional, mereceram destaque a representatividade feminina na advocacia, assuntos referentes à digitalização das atividades da profissão e o relacionamento da classe com o Poder Judiciário, ponto que inclui o fundamental reforço na defesa das prerrogativas dos advogados.

Para o diretor do Departamento de Apoio às Subseções (DAS) da Secccional, Carlos André Pedrazzi, foi uma oportunidade de demonstrar união e resolver problemas que afligem a maioria dos colegas. “Nosso trabalho é conjunto, ninguém faz nada sozinho. Temos que minorar as dificuldades que encontramos atualmente na relação com o Judiciário e tratar das demandas dos advogados”, afirmou.