03/08/2018 - 21:03

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‘A Caarj está de volta’

03/08/2018 - 21:03

‘A Caarj está de volta’

Que balanço o senhor faz desses dois anos à frente da Caarj? O que mudou na instituição?

Felipe Santa Cruz - Foram anos de trabalho árduo, dificuldades, mas grandes realizações. Ainda temos muito o que fazer. A Caixa, que estava moribunda, atolada em dívidas e descrédito, vem sendo recuperada. Agora estamos realinhando seus objetivos, redescobrindo sua vocação. Conseguimos ampliar enormemente a assistência social, apoiando os advogados e, de outro lado, crescemos como braço executivo da advocacia. Projetos como o OAB Século 21, os cursos telepresenciais, a inclusão digital, são formas de apoiar a totalidade dos advogados. Também continuamos universalizando os serviços de saúde, bancando o plano dental e, agora, oferecemos os convênios e o projeto de medicina itinerante. Foram dois anos de sacrifício, mas nesta reta final do mandato sinto que vou entregar o cargo ao próximo presidente em situação muito melhor do que a que encontrei, embora haja muito ainda a fazer.

Houve um impressionante aumento no valor de benefícios concedidos aos colegas, de R$ 82 mil em 2009 para R$ 1,5 milhão em 2011 (sem contar dezembro). A Caarj recuperou a capacidade de assistir o advogado?

Felipe Santa Cruz - Esse é meu maior orgulho. O balanço de 2011 vai mostrar à advocacia que a Caarj voltou, e será mais forte do que milhões de palavras. Acabou o tempo de uma Caarj meramente administradora de empresas, operadora de um plano de saúde falido. Hoje, a Caixa e a OAB/RJ investem em projetos que visam ao bem estar e ao exercício profissional de milhares de advogados. Cito, por exemplo, as 15 mil máquinas de certificação que distribuímos em 2011. Ninguém no país fez igual.

E com relação à enorme dívida encontrada em 2007. Qual a situação atual?

Felipe Santa Cruz - Continuamos pagando, renegociando, auditando, lutando nos tribunais. Herdamos uma dívida fiscal absurda. Esta é nossa maior dor de cabeça. Mas eu sei que vamos quitar tudo. Pode demorar, mas todos irão receber o que realmente for devido. Por esses dias, por exemplo, estamos colocando um ponto final na batalha com a Agência Nacional de Saúde (ANS). Fico muito feliz em saber que a advocacia do Rio vai quitar suas dívidas.

Uma da propostas da gestão era a universalização dos serviços. Está sendo alcançada?

Felipe Santa Cruz - Com certeza. Veja, por exemplo, o plano dental. O que antes era feito para poucos, em consultórios no Centro do Rio, agora atinge todo o estado. O mesmo acontece com a rede de convênios e médicos, com preços que antes só eram possíveis em poucos centros médicos próprios. Novos tempos exigem novas soluções. Aliás, um serviço nosso que talvez ainda seja pouco observado pelos colegas é o de convênios, por intermédio do qual garantimos melhores preços para nossa classe em estabelecimentos de diferentes naturezas (ver pág. 6).

Outra proposta foi a restituição do papel assistencial. O que foi feito neste sentido?

Felipe Santa Cruz - Cito, em especial, o projeto Nascer, que devolve a anuidade para as advogadas após o nascimento ou adoção de um filho. Eu, que sou casado com uma advogada e pai de quatro crianças, sei o impacto do nascimento na vida profissional das nossas colegas. A Caarj hoje apoia este momento. É nossa forma de dizer que estamos juntos com a advogada neste lindo instante de transformação da vida. Temos, também, o Aprender, que paga o material escolar dos filhos dos colegas em dificuldade. Além disso, a Caarj defere auxílios, trata do enterro dos colegas cujas famílias recorrem à entidade, apoia as comunidades em momentos como as chuvas de 2011 na Serra, tem seu projeto de medicina itinerante nos fóruns, fazendo prevenção. São várias frentes, sempre tendo como foco o advogado e sua família.


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