03/08/2018 - 21:03

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Com apoio da OAB/RJ, filme sobre JK é lançado no Rio

03/08/2018 - 21:03

Com apoio da OAB/RJ, filme sobre JK é lançado no Rio

O Palácio do Catete, antiga sede da Presidência da República, foi palco, no dia 28 de novembro, do lançamento no Rio de Janeiro do filme que narra os anos de exílio de seu último morador e responsável por transformar o espaço no Museu da República: o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Patrocinada pela OAB/RJ, a exibição de JK no exílio contou com a presença de jornalistas, políticos, amigos e familiares de Juscelino, além de dezenas de pessoas que solicitaram seu ingresso no site da Seccional para saber mais sobre um período pouco conhecido da história do ex-presidente, que se mudou para a França após ter seus direitos políticos cassados pela ditadura militar. O filme, uma produção franco-brasileira dirigida por Charles Cesconetto e Bertrand Tesson, já tinha sido lançado em Diamantina (MG), terra natal de JK e em Brasília, cidade que fundou. “É uma obrigação cívica da OAB/RJ participar desse lançamento. Trabalhos como esse são de grande valia à sociedade, pois ajudam a suprir um déficit de informação de grande parte dos brasileiros, que não sabem muito sobre o que aconteceu naquela época e não têm noção da importância da figura de JK”, disse o presidente da Seccional, Wadih Damous, que esteve no evento ao lado do tesoureiro Marcello Oliveira e do conselheiro federal Marcus Vinícius Cordeiro. Uma das principais personagens do filme, a filha de JK Maria Estela Kubitschek ressaltou a importância de abordagem da época menos exposta da vida de seu pai: “Alguns fatos retratados no filme foram surpresa até para mim. Esse é um registro importante porque não resgata somente sua história, mas a de todos aqueles que sofreram nessa época na anonimidade”. Um dos exemplos dados por Maria Estela e retratados no filme é o da secretária de JK em Paris, Maria Alice Gomes Berengas, que foi perseguida pelo regime brasileiro apenas por trabalhar com o ex-presidente. Maria Alice teve sua nacionalidade retirada e mora até hoje na França. O jornalista e escritor Arnaldo Niskier, que depõe no documentário, presenciou o drama de Juscelino que, do exílio, chegou a mandar cartas em que aventava a ideia de suicídio. Segundo ele, o lançamento no Rio de Janeiro é de extrema validade. “O filme é um documento histórico importantíssimo que veio em muito boa hora. Esses grandes mitos brasileiros precisam ser revividos, até para servir de exemplo para as novas gerações”. Também jornalista, Sérgio Cabral relatou que, embora reconhecido no exterior, o ex-presidente levava consigo uma tristeza aparente. “Passávamos na rua em Nova Iorque e todos os brasileiros o paravam. Ele gostava daquilo tudo, mas era amargurado pela grande injustiça que sofreu”. Além de Cesconetto, Maria Estela e Wadih, o filme foi apresentado pelo deputado federal Otávio Leite (PSDB/RJ), afilhado de JK, e a diretora do Museu da República, Magaly


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