O assunto cláusula de barreira também esteve em destaque no Colégio de Presidentes de Comissões da Jovem Advocacia, dia 28 de novembro, quando foi lançada uma campanha pelo fim dessa disposição normativa nas eleições da Ordem. Autor da proposta de pauta que tratou das “posturas e medidas a serem adotadas diante do sistêmico desprestígio despendido à jovem advocacia”, o presidente da OAB Jovem da Seccional fluminense, Tomás Ribas, fez uma fala dura contra as medidas que impedem maior participação institucional dos advogados em início de carreira.

“Estou cansado de ouvir sempre os mesmos discursos, por isso vim aqui propor uma mudança de atitude. Existe o preconceito contra mulheres e negros, e também contra a juventude. Dizem que somos o presente e o futuro da advocacia, mas temos que provar isso com uma postura de enfrentamento”, enfatizou Ribas. 

O tema também foi o destaque do presidente da Comissão Nacional da Jovem Advocacia, Alexandre Mantovani, durante a abertura do encontro. “Temos um grande desafio, que pretendemos resolver até o fim da atual gestão. Há posições que defendem a retirada da cláusula e outras que defendem sua relativização, diminuindo o tempo ou determinando restrições a alguns cargos apenas”. Como a cláusula consta no Estatuto da Advocacia, que é lei federal, a modificação passa por uma mobilização junto ao Legislativo.

Para Ribas, a mudança seria a primeira de muitas voltadas ao benefício dos profissionais com menos de cinco anos de profissão. “Vamos precisar de uma articulação junto ao Congresso Nacional, que também não é formado por jovens, mas podemos ir além, chegando à demanda por cotas, como conquistaram as mulheres”, sugeriu.

A causa ganhou o apoio do presidente do Conselho Federal, Claudio Lamachia.