O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, criticou nesta quarta-feira, dia 10, a decisão dos juízes federais de promover uma greve em novembro, o que acarretará no cancelamento das audiências já marcadas para esses dois dias. "Não e aceitável uma greve de magistrados sob qualquer ponto de vista. Juridicamente, é inconstitucional e politicamente um atentado à democracia", afirmou. Entendemos que a magistratura deve ser bem remunerada, mas o caminho da greve não é o mais adequado porque só traz prejuízos à cidadania Wadih Damous presidente da OAB/RJ "Entendemos que a magistratura deve ser bem remunerada, mas o caminho da greve não é o mais adequado porque só traz prejuízos à cidadania. Esperamos que os juízes conquistem as suas reivindicações salariais mas trilhando outros caminhos que não o da paralisação". Juízes e desembargadores da Justiça Federal realizaram uma assembleia-geral extraordinária, na primeira semana de outubro, e decidiram fazer uma greve por tempo determinado, entre 21 e 22 de novembro, cancelando a tomada de depoimentos e suspendendo as audiências já marcadas. Alguns magistrados federais chegaram a propor que a greve fosse por tempo indeterminado. Segundo eles, o objetivo da greve é chamar a atenção para a situação salarial da magistratura, exigir "tratamento mais adequado" da parte dos poderes públicos e pressionar a presidente Dilma Rousseff a atender às demandas da categoria.