20/06/2008 - 16:06

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Wadih: "Exército não pode ser usado para patrocinar um projeto eleitoreiro"

Wadih: "Exército não pode ser usado para patrocinar um projeto eleitoreiro"

 

 

Do site do Conselho Federal

 

20/06/2008 - "É lamentável que o Exército brasileiro esteja sendo usado para patrocinar um projeto que é nitidamente eleitoreiro". A afirmação foi feita pelo presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, que acompanha o presidente nacional da OAB, Cezar Britto, nas audiências com setores encarregados da investigação das mortes dos três jovens no Morro da Providência, no último fim de semana.

 

O lamento de Damous foi feito ao sair da reunião na sede do Comando Militar do Leste, da qual participou o general Mauro Cesar Lorena Cid, comandante da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada e responsável pelas obras do projeto Cimento Social. O projeto prevê a revitalização de fachadas e telhados de 780 casas do morro. As obras são executadas, desde dezembro passado, pelo Batalhão Escola de Engenharia do Exército e pela Comissão Regional de Obras da 1ª Região Militar, com recursos de R$ 12 milhões, do Ministério das Cidades.

 

Segundo Wadih, o general Mauro Cesar Cid fez um relato das atividades dos militares no morro, o que levou o dirigente da OAB fluminense a classificar tal obra como de cunho "nitidamente eleitoreiro". Nessa linha, defendeu a imediata retirada dos militares do Exército porque seus homens não foram concebidos para se engajar em projetos dessa natureza ou para atuar como se polícia fossem. "O Exército é treinado para matar o inimigo e não para exercer papel de polícia nas cidades e morros cariocas", afirmou o dirigente da OAB fluminense.

 

Sete soldados, três sargentos e um oficial do Exército são acusados de terem "vendido" a traficantes do Morro da Mineira três jovens que haviam sido detidos no Morro da Providência - local que possui facções criminosas rivais ao primeiro. Os corpos dos três jovens foram encontrados no Aterro Sanitário de Gramacho, em Caxias, na tarde do domingo, enlameados e com marcas de tiros. Inquérito policial militar (IPM) apura o ocorrido.

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