19/10/2009 - 16:06

COMPARTILHE

Wadih criticou abandono das regiões pobres da cidade

Wadih criticou abandono das áreas mais pobres da cidade


Do jornal O Globo e da redação da Tribuna do Advogado

19/10/2009 - O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, criticou a falta de investimento nas áreas onde ocorreram os confrontos do último sábado, quando, entre outras ocorrências, um helicóptero da polícia foi abatido por traficantes. "Não é mais aceitável que essas áreas, as mais pobres da cidade, não recebam a atenção do Estado em termos de investimentos maciços em saúde, educação, emprego, saneamento básico e segurança".

Em nota publicada nesta segunda, a Seccional manifestou solidariedade às famílias de policiais e de civis inocentes mortos e feridos nos confrontos. No documento, a Ordem cobrou mais ações de inteligência, respostas para as possíveis falhas de segurança que permitiram os "ataques terroristas" e a prisão dos responsáveis.

Já o presidente nacional do Conselho Federal, Cezar Britto, protestou contra os ataques dos traficantes. "O Estado paralelo do crime não é obra de ficção. Ele humilha, mata e explode os alicerces da República. Até quando?"

O governador Sergio Cabral lamentou a morte dos policiais militares e disse que esses novos episódios de violência não vão alterar em nada a política de enfrentamento adotada pela Secretaria estadual de Segurança Pública. Afirmou ainda que manterá o programa de preparação da capital do estado para receber os Jogos Olímpicos de 2016.

"Nós vamos continuar nessa linha de enfrentamento a esse tipo de situação que, infelizmente, o Rio ainda vive. Não vamos recuar. Estamos muito tristes pela perda desses policiais, fruto dessa marginalidade que durante décadas acumulou dinheiro, poder e armas no Rio", disse o governador.

"A respeito da preparação da cidade do Rio para as Olimpíadas, o governador disse que cumprirá o que foi acertado com o representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI).

"Continua a mesma política (de segurança pública). O COI sabe que não é uma coisa simples. Podemos colocar 40 mil pessoas nas ruas (policiais federais, estaduais, municipais) e fazer o evento. Não é fácil, trivial ou simples. É trabalho de médio e longo prazo, como foi alcançado em todos os lugares do mundo".

Já o prefeito Eduardo Paes, em nota, reiterou o apoio ao governo do estado.

"A posição da Prefeitura é de total apoio às forças de segurança do estado, que têm combatido sem trégua as ações do crime organizado. Não é admissível que o Rio seja confrontado por delinquentes desta maneira. Vamos continuar trabalhando em conjunto para devolver a autoridade à nossa cidade", disse.

Abrir WhatsApp