08/11/2012 - 09:27 | última atualização em 13/11/2012 - 14:57

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Wadih critica paralisação de juízes e auxílio-alimentação retroativo

redação da Tribuna do Advogado

A paralisação dos juízes federais e do Trabalho como medida reivindicatória por reajuste salarial e a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) de conceder auxílio-alimentação retroativo aos magistrados foram duramente criticadas pelo presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, nesta quinta-feira, dia 7.
 
Para Wadih, a paralisação dos magistrados é infundada. "Num país como o Brasil, que ainda sofre de enormes carências, dizer que um salário inicial de R$ 22 mil é insuficiente parece brincadeira", afirmou.
 
Sobre a decisão do TJ, que levará o Tesouro a gastar R$ 82 milhões de uma só vez com auxílio-alimentação para juízes - retroativo desde o ano de 2004 -, o presidente da Seccional foi taxativo: "É um mau exemplo que o tribunal dá a sociedade. Com esses e outros artifícios, os vencimentos dos juízes ultrapassam o teto constitucional".
 
Para ele, esse tipo de decisão da Justiça, motivada pela pressão dos magistrados, revela "uma política remuneratória que tem por base disputas de privilégios". "Quando o Ministério Público obtém um benefício qualquer, os magistrados julgam ter o mesmo direito, e vice-versa", completou.
 
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