Em comemoração à semana da mulher, o Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Violência de Gênero (GT) da OAB Mulher realizará, em 7 de março, uma roda de conversa sobre o tema. O evento também faz parte da Semana da Justiça pela paz em casa, campanha do Conselho Nacional de Justiça e do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Para a coordenadora do GT, Rebeca Servaes, apesar dos avanços em relação aos direitos das mulheres, basta olhar os dados para observar que ainda é preciso avançar em muitos aspectos. “As mulheres ainda estão sofrendo violência. Grande parte das que chegam ao sistema de saúde é por causa da violência doméstica, porque foram agredidas por pessoas conhecidas, pelos próprios familiares. Então essa é uma questão que precisa ser muito debatida para as pessoas internalizarem a Lei Maria da Penha e entenderem a gravidade da situação", reforçou. Sobre os dados, Rebeca destaca que por mais assustadores que sejam, eles não são reais. “Uma parte das mulheres que sofre violência não denuncia. É muito importante nos atentarmos a essa questão da subnotificação. E elas não vão atrás por vários motivos. Porque são desestimuladas, porque foram mal atendidas, porque perdoam o parceiro/agressor, por medo ou por serem coagidas a não denunciar. São inúmeros os motivos. Não é a totalidade das mulheres que sofre violência que realmente vai atrás de uma justiça em relação a isso”, ressalta. Por esse motivo, Rebeca acredita que é fundamental debater o assunto. “Só discutindo a Lei Maria da Penha que a gente vai conseguir fazer com que as pessoas tenham consciência da gravidade da situação. Só assim as pessoas vão poder ver o quanto é importante denunciar e falar sobre o assunto, para que a violência contra a mulher seja diminuída e, quem sabe, até tenha um fim”. A roda de conversa será na sede da OAB/RJ, às 10h. A entrada é gratuita, basta inscrever-se pelo email [email protected]. A sede da Ordem fica na Avenida Marechal Câmara, 150, Centro.