08/07/2021 - 11:46 | última atualização em 09/07/2021 - 18:55

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Vice-presidente da OABRJ é a personalidade da semana da campanha “Vacina é direito”

Clara Passi

Ana Tereza Basilio imunizou-se recentemente contra a Covid-19 com a vacina da Pfizer e agora junta-se ao enorme cordão de personalidades da advocacia fluminense que já se pronunciaram em favor da ciência por meio da campanha “Vacina é direito”. A iniciativa da OABRJ - por meio do Observatório da Covid-19 - e da Caarj busca incentivar a advocacia a se vacinar assim que o Programa Nacional de Imunizações permitir.  

A vice-presidente da OABRJ, de 53 anos, conta ter sido tomada por um sentimento de grande alívio ao ser vacinada, pois faz parte do grupo de risco da covid: ela venceu a luta contra um câncer de mama descoberto em 2014 e, desde então, coloca-se como porta-voz da campanha de conscientização Outubro Rosa.

“Foi como se eu tivesse ganhado o maior presente dos últimos anos, pois sempre fui ciosa da gravidade desta doença. A covid mata. O alívio dividiu espaço com uma alegria enorme”, diz. 

A sensação de descompressão também teve a ver com o fato de a advogada ter conseguido chegar até aquele  momento incólume, afinal, seu marido precisou se internar por cinco dias para tratar complicações da doença, e um dos filhos e o padrasto de Basílio também foram acometidos. “Foram momentos de grande apreensão”, lembra.

Bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes em 1989 e pós-graduada em Direito Norte-Americano pela Universidade de Wisconsin, Basílio notabiliza-se pela atuação em contencioso cível e comercial e na condução de arbitragem e mediação. Foi também juíza do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro (2010 a 2015), e diretora da Escola Judiciária Eleitoral do Rio de Janeiro (2011 a 2013). 

Entre os postos que ocupou na OABRJ antes de assumir a vice-presidência da gestão Luciano Bandeira, em 2019, está o de presidente da Câmara de Mediação e Arbitragem (2004 a  2006) da entidade e o de conselheira seccional.

A advogada conta que a transição para o home office foi penosa durante os primeiros meses. 

“Foi muito difícil porque em casa tenho mais dificuldade de concentração. Os gatos invadiam o cômodo onde trabalho a toda hora. Uma vez, um deles conseguiu abrir a porta e se colocou sobre o teclado durante uma chamada de vídeo com um cliente”, lembra ela, com bom humor.

Um dos impactos mais nefastos deste período foi a redução de honorários que todo advogado amargou, avalia ela. 

“Isso ainda está acontecendo. As empresas foram muito afetadas e os ganhos da advocacia caíram junto, sem que o volume de trabalho tivesse diminuído. É uma conta que não fecha. Estamos trabalhando muito mais agora do que no período anterior à pandemia”.

A vice-presidente se diz otimista em relação ao que o futuro guarda para a classe. 

“As relações jurídicas foram afetadas pela pandemia e a advocacia será chamada para reestruturá-las. Prevejo muito trabalho e um grande desenvolvimento para a classe”.

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