13/05/2021 - 12:26 | última atualização em 14/05/2021 - 17:26

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“Vacina é direito”: Diretor de Comunicação da OABRJ adere à campanha

Clara Passi


Esta semana é a vez do diretor de Comunicação da OABRJ, Marcus Vinicius Cordeiro, recém-vacinado com a primeira dose da vacina da Oxford/AztraZeneca, endossar a campanha da OABRJ e da Caarj “Vacina é direito”. A iniciativa busca conscientizar a advocacia sobre a importância de se imunizar contra a Covid-19 assim que o Plano Nacional de Imunizações permitir.

Advogado trabalhista militante de 60 anos, Marcus Vinicius foi diretor da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas e do Sindicato dos Advogados e é também membro do IAB. Atua ininterruptamente desde a formatura na Universidade Cândido Mendes, em 1984. Os primeiros passos profissionais, no entanto, foram na Comunicação Social, dentro da própria Ordem, como estagiário na redação da revista da OABRJ, a “Tribuna do Advogado”, no início dos anos 1980.

Marcus Vinicius conta que a virtualização aprofundada pela pandemia, embora tenha exigido uma estrutura da qual nem todos dispõem, acabou facilitando a vida profissional daqueles cuja atuação está ligada às sessões de julgamento dos Tribunais Regionais do Trabalho e ao Tribunal Superior do Trabalho.  

“A Justiça do Trabalho foi muito ágil em transitar para a forma virtual. Então não demorou muito para que estivéssemos fazendo sessões de julgamento de casa ou de onde estivéssemos. Isso tem sido bem recebido pela advocacia, que foi poupada de deslocamentos e mesmo de viagens constantes a tribunais de outros estados. Nas varas, no entanto, tem sido mais complicado”, diz. 

Ele pondera que a falta de contato e de troca com os colegas têm trazido prejuízo a quem escolheu exercer atividade política junto à classe, como é seu caso desde a faculdade. Mas as relações familiares acabaram se beneficiando do tempo que antes era roubado pelos deslocamentos. 

“Passei a ter um contato mais direto, intenso e duradouro em casa”, diz ele, que mora com a esposa, Cláudia, companheira há 32 anos, e os dois filhos. 

“Saía de manhã para o escritório, emendava com as atividades da Ordem e acabava parecendo um visitante dentro da minha própria casa. Depois dos ajustes iniciais, cada um conseguiu preservar seus espaços de privacidade e o comprometimento emocional foi reforçado”. 

A pandemia lhe tirou amigos da advocacia, como o ex-presidente da OAB/Vassouras José Roberto Ciminelli, morto em dezembro de 2020, e um vizinho querido, com quem conversava  na varanda durante os banhos de sol da quarentena. 

“A pandemia veio se somar a uma tristeza que já se abatia sobre o país, trazendo sofrimento a 422 mil famílias e esse número não para de subir. A política absolutamente inepta e desrespeitosa do Governo Federal é a principal responsável pela tragédia. A Ordem está sendo convocada a desempenhar seu papel estrutural, que é de instituição de defesa da cidadania, e ajudará a reposicionar o país nos trilhos”, avalia. 

Os colegas terão muito trabalho pela frente, já que será preciso ter um olhar jurídico para tudo o que está acontecendo. 

"As relações de trabalho e de consumo, por exemplo, trazem a necessidade de intervenção judicial e abre-se campo para a advocacia. Uma imagem que me ocorre é a do esforço de reconstrução das cidades europeias após a Segunda Guerra”.

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