O presidente da Comissão da Justiça do Trabalho (CJT) da OAB/RJ, Marcus Vinícius Cordeiro, discutiu a questão da greve dos serventuários, que já dura dois meses, nesta segunda-feira, dia 27, com a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, desembargadora Maria das Graças Paranhos, e pediu soluções. De acordo com ele, o tribunal se comprometeu a tomar providências, convocando os funcionários a retornarem ao trabalho. “Solicitamos que a questão fosse solucionada com brevidade, pois a greve tem prejudicado o andamento processual”, declarou. Iniciada em junho, a paralisação dos servidores acontece em solidariedade aos profissionais da Justiça Federal, que suspenderam suas atividades para pressionar a aprovação Projeto de Lei da Câmara 28/2015, que, se aprovado, revisaria o Plano de Cargos e Salários dos servidores do Judiciário Federal. No entanto, a proposta de revisão foi vetada no dia 22 de julho pela presidente Dilma Rousseff, levando a Seccional a divulgar uma nota na última quinta-feira, dia 23, exigindo o fim da greve. "Mesmo entendendo ser justo o pleito dos servidores - que estão há oito anos sem reajuste -, a OAB/RJ avalia que a paralisação tornou-se ineficiente após o veto presidencial. E propõe a busca por outras formas de reivindicação, apelando ao bom senso da categoria, a fim de que o andamento dos processos seja retomado", dizia um trecho do documento. Histórico Desde que as greves foram iniciadas, a Seccional procurou agir para auxiliar os colegas, tomando medidas como um acordo com os sindicatos dos trabalhadores envolvidos que garantiria a manutenção da expedição dos alvarás nas varas, com 30% dos funcionários de serviço, e o atendimento dos atos urgentes. Diante do descumprimento do combinado, uma comitiva da CJT se reuniu com a corregedora do TRT-1, desembargadora Edith Tourinho, e levou reclamações dos colegas. Na mesma ocasião, a OAB/RJ também encaminhou ofício para cobrar do Senado urgência na apreciação do projeto de lei.