16/07/2014 - 09:21

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Treze manifestantes detidos no Rio antes da final são liberados

jornal Folha de S. Paulo

A Justiça do Rio concedeu nesta terça, dia 15, liberdade provisória a 13 dos 19 ativistas presos em operação da Polícia Civil do Rio na véspera da final de Copa do Mundo. O desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal, aceitou pedido de habeas corpus apresentado pela defesa dos manifestantes.
 
No último sábado, a polícia cumpriu 26 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça com base em uma investigação que apura a participação de ativistas em protestos violentos. Dezenove maiores de idade foram presos e dois menores apreendidos sob alegação de que planejavam atos violentos nos protestos marcados para o dia da final, no entorno do Maracanã. O protesto foi reprimido pela polícia. Pelo menos 15 jornalistas e vários civis foram agredidos.
 
O tribunal não divulgou o nome dos 13 ativistas liberados. A Folha apurou que entre eles estão Rafael Rego Barros Caruso, militante da FIP (Frente Independente Popular), Gerusa Lopes Diniz, a "G Lo" - que participou do Ocupa Câmara, protesto em frente à Câmara Municipal -, e Gabriel da Silva Marinho, que fazia transmissões ao vivo dos protestos com celular.
 
Também foi libertada Joseana Maria Araújo de Freitas, radialista da Empresa Brasileira de Comunicação.
A ativista Elisa de Quadros Pinto Sanzi, conhecida como "Sininho", não foi libertada. Outros dois ativistas que teriam sido encontrados com uma bomba devem permanecer presos. O advogado Marino D'Icarahy, que representa 12 presos, alega que o artefato foi plantado pela polícia.
 
Nesta terça, o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, criticou em nota a prisão temporária dos manifestantes.
Anistia Internacional, Justiça Global e a OAB/RJ também se manifestaram contra as prisões.
 
Na noite desta terça, cerca de 500 manifestantes protestaram contra as detenções em frente ao Tribunal de Justiça do Rio e comemoraram a libertação dos 13 ativistas. O ato terminou por volta das 20h, sem registro de tumultos.
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