21/10/2008 - 16:06

COMPARTILHE

TRE descarta uso de tropas no segundo turno das eleições

TRE descarta uso de tropas no segundo turno das eleições

 

 

Do Jornal do Commercio

 

21/10/2008 - presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, desembargador Alberto Motta Moraes, descartou ontem o uso de tropas federais no estado no segundo turno das eleições municipais, no dia 26 de outubro. Segundo ele, a votação no primeiro turno foi a mais calma dos últimos 20 anos.

 

As expectativas eram preocupantes, mas não tivemos nenhum problema. Houve incidentes que ocorreram no dia das eleições, mas que não tiveram relação com o pleito, afirmou, ao avaliar que a presença das Forças Armadas foi fator preponderante para o resultado.

 

Moraes lembrou que no segundo turno não haverá disputas entre candidatos a vereador, o que aumenta a expectativa de que o clima seja de tranqüilidade durante a votação para o cargo de prefeito. "Não vemos necessidade (de convocação de tropas federais para o segundo turno). Sabidamente, o grande componente de influência e confusão são as eleições proporcionais, com o grande número de vereadores. Na eleição majoritária, a situação é mais calma e não há necessidade dessa preocupação", afirmou.

 

O presidente em exercício acrescentou que, no entanto, há preocupação com o segundo turno no município de Campos, no norte do estado. Mas, segundo ele, a situação está sob controle.

 

Alberto Motta Moraes participou de reunião em Brasília entre presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de 15 estados em que haverá segundo turno e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto. O objetivo do encontro é fazer um balanço do primeiro turno das eleições municipais e discutir os preparativos para o segundo.

 

Ayres Britto, elogiou o desempenho de estados potencialmente polêmicos, como o Rio de Janeiro que precisou de reforço policial durante o pleito. Ele reforçou também a ausência de ocorrências graves durante as eleições.

 

Não tivemos, senão localizadamente aqui e ali, problema ou fato perturbador do processo eleitoral, enfrentado com proficiência, coragem, lucidez e eficiência. Nosso grande problema era o estado do Rio de Janeiro, mas o estado revelou para o país uma disposição de produzir um primeiro turno eleitoral praticamente sem nenhum problema maior, a não ser um encontro em que foi preciso usar bala de borracha.

 

Ele ressaltou que o presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, desembargador Alberto Motta Moraes, esteve na linha de frente de todas as comunidades tidas como mais problemáticas ou como mais expostas a influências de milicianos e de traficantes. Para Ayres Britto, o magistrado deu um belo exemplo de destemor, de devoção causa pública ao visitar as comunidades: "Esta eleição nos anima. Temos hoje essa agradável sensação de que incorporamos alguns elementos ao DNA democrático do país".

Abrir WhatsApp