08/02/2018 - 12:55 | última atualização em 08/02/2018 - 13:26

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Transmissão da febre amarela é tema de debate na Ordem

redação da Tribuna do Advogado

Foto: Eduardo Sarmento  |   Clique para ampliar
A Comissão de Proteção e Defesa dos Animais (CPDA) da OAB/RJ promoveu, nesta quarta-feira, dia 7, a palestra Febre amarela: a culpa não é do macaco. O evento aconteceu no Plenário Evandro Lins e Silva, e foi transmitido pelo canal da entidade no Youtube.
 
“Nosso objetivo é esclarecer que o macaco não é culpado pela transmissão da febre amarela, é também vítima. A imprensa divulgou esses dias o número de mortes atualizado, e a situação me parece grave, inspirando cuidados para evitar uma epidemia. Estamos planejando fazer ainda em março ou abril um evento maior sobre esse mesmo tema, com mais dados e profissionais especializados”, afirmou o presidente da CPDA, Reynaldo Velloso.
 
A médica veterinária e subsecretária de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses do município do Rio de Janeiro, Márcia Rolim, mostrou diversas fotos de macacos agredidos por pessoas que acreditavam estar eliminando o vetor da febre amarela. “Nosso caminho é sensibilizar e conscientizar a população de que o macaco não tem culpa. Trabalho há 22 anos como veterinária e há 15 no laboratório de zoonoses, e nunca me deparei com um massacre nas dimensões que estamos vendo hoje. Informação não falta, é preciso que as pessoas entendam que o vírus da febre amarela não vai desaparecer se acabarmos com os macacos”, alertou.
 
“Não existe tratamento, apenas de suporte. Estamos tentando de tudo para salvar os pacientes que chegam contaminados aos hospitais. Mas nas formas graves é muito difícil, daí a necessidade de fazermos um chamado a todos para que se vacinem. Existe a possibilidade de a doença se urbanizar, o mosquito está nos vencendo, esse é o alerta”, acrescentou o médico epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho.
 
A mesa de debates foi composta ainda pela pesquisadora da Fiocruz e coordenadora da plataforma Biodiversidade e Saúde Silvestre, Márcia Chame; pelo advogado e engenheiro florestal, coordenador de animais silvestres da CPDA, Rogério Caldas; e pelo professor de Direito Ambiental e coordenador de Animais Exóticos da CPDA, Francisco Carrera.
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