16/10/2017 - 16:22 | última atualização em 16/10/2017 - 16:34

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A tecnologia e a privacidade no âmbito jurídico em debate na Seccional

redação da Tribuna do Advogado

Foto: Bruno Marins   |   Clique para ampliar
Como a tecnologia afeta o cotidiano da advocacia? Essa foi uma das muitas questões debatidas em mais um evento da série Sociedade Digital, promovido pela Comissão de Direito e Tecnologia da Informação (CDTI) da OAB/RJ nesta segunda-feira, dia 16. A palestra aconteceu no Plenário Evandro Lins e Silva, e foi transmitida pelo canal da Ordem no Youtube.
 
A presidente da CDTI e diretora de Inclusão digital da Seccional, Ana Amélia Menna Barreto, deu as boas vindas em nome da entidade. “A reunião aberta é a forma que temos de trazer as discussões feitas pela comissão ao público. Estamos trabalhando com esses temas, que na verdade são os que mais afetam o Direito. E não é para o futuro, é para agora. Inteligência artificial, proteção de dados, é muito importante sabermos o que está acontecendo, nos anteciparmos”, afirmou. O procurador-geral da OAB/RJ, Fabio Nogueira, também esteve presente.
 
Os palestrantes foram a professora e coordenadora acadêmica do Instituto de Direito da PUC/Rio, Caitlin Sampaio Mulholland, e o integrante da CDTI Rodrigo Pinho, que iniciou falando sobre as campanhas surpreendentemente vitoriosas de Donald Trump e da saída da Inglaterra da União Europeia (chamada de Brexit), ambas feitas pela empresa Cambridge Analytica. “A comunicação foi revolucionária porque se baseou em estudos de dados pessoais. De que forma fizeram? Usando o big data, que, grosso modo, é o tratamento e análise de uma grande quantidade de dados, de que se extrai algum valor. A internet é o epicentro do mundo, como disse o jornalista Glenn Greenwald, e onde estão todos os nossos dados, que são captados, armazenados e analisados por grandes corporações”, disse ele.
 
A coordenadora acadêmica do Instituto de Direito da PUC-Rio ressaltou que o tema é um dos debates jurídicos mais importantes hoje. “A questão mais relevante em relação à privacidade e à proteção de dados na sociedade contemporânea é justamente o fato de que o conceito de privacidade não existe mais como o conhecemos. O maldito trade off que existe na concessão gratuita dos dados para que haja obtenção de algum tipo serviço é algo corriqueiro, inevitável. O Facebook penetrou tanto em nossa sociedade que o acesso a outros serviços que não pertencem ao grupo também é feito a partir dessa plataforma”, ponderou Mulholland.
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