Realizado pela Comissão de Direito de Sustentabilidade na noite de terça-feira, dia 25, o evento "Serviço de Tecnologia da Informação" levou ao Plenário Evandro Lins e Silva, na sede da Seccional, uma palestra do especialista no Terceiro Setor e em Responsabilidade Social, Takashi Yamauchi, que falou sobre o cenário da tecnologia no país e no mundo. "Hoje em dia não existe escritório, empresa ou qualquer organização do terceiro setor que não trabalhe com tecnologia da informação", afirmou o presidente da Comissão de Políticas sobre Drogas da OABRJ, Wanderley Rebello Filho. "Não é mais algo do futuro, já é o presente, e quanto mais dominarmos esse tema, mais chances teremos de sermos bem sucedidos na área empresarial. Isso é algo que nós advogados precisamos muito, porque não há mais qualquer chance de conseguir trabalhar sem o mínimo conhecimento dessas tecnologias". Yamauchi falou sobre o fenômeno chinês, que catapultou a economia do país ao investir na pesquisa e no desenvolvimento tecnológico. "Poucos sabem disso, mas hoje a capacidade tecnológica de um país é medida pela produção de brinquedos", afirmou Yamauchi. "Não por acaso, mais de 80% dos brinquedos vendidos hoje no mundo todo vêm da China. A China foi o país que entendeu os mecanismos do investimento na tecnologia e deu um salto no mundo inteiro. Pensem no que era a China vinte ou trinta anos atrás, e no que ela é hoje. Isso foi fruto de uma associação de empresários chineses que mostrou para o governo que havia a necessidade de apostar na pesquisa e nos centros tecnológicos". A mesa inicial contou ainda com a presença do ex-presidente da OAB/Armação dos Búzios e presidente da comissão, César Augusto Spezin Kühner de Oliveira. Durante a apresentação, Wanderley anunciou que o próximo evento da comissão abordará a segurança nos investimentos em criptoativos. "Quando a corrida tecnológica se acelerou, as leis brasileiras começaram a mudar", afirmou Yamauchi. "Em 2004, surgiu a primeira Lei de Incentivo à Ciência e Tecnologia, reeditada em 2016 e revisitada em 2019, mas ela não estimulou o uso da tecnologia. Os trabalhadores do Brasil são muito bem quistos no mercado, pois são vistos como muito criativos. Há muitos serviços e mercados a serem explorados, e nós temos a ideia de criar um centro de tecnologia da Informação aqui dentro da OABRJ, para baixar os custos nos usos de software e também para entender que tipos de mercados e serviços podem ser abertos para os advogados com a tecnologia da informação".