O Comando Geral da Polícia Militar em Florianópolis informou que apura o envolvimento de cinco policiais militares na morte do advogado Roberto Caldart, de 42 anos, durante a ocupação de uma obra no bairro Barra do Aririú, em Palhoça, na Grande Florianópolis, na manhã desta terça, 24. Segundo a Polícia Militar, o advogado acompanhava cerca de seis homens que entraram no prédio em construção, por volta das 9h30. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas. Sabe-se que o advogado morreu após sofrer uma agressão sem o uso de armas, informou o delegado Marcelo Arruda, que investiga o caso. Nesta tarde, testemunhas foram ouvidas. Segundo a PM, nenhum dos policiais estava a serviço no momento em que o advogado foi morto. Pelo menos três deles já foram à delegacia prestar depoimentos. Ainda de acordo com a PM, os cinco serão afastados das funções operacionais até a conclusão da investigação. Obra atrasada Preliminarmente, a PM informou que a ocupação foi em um edifício em construção, cuja entrega estaria atrasada. Os invasores seriam proprietários dos imóveis. O advogado deles teria tentado intervir na situação e morreu no local. O delegado Marcelo Arruda, que investiga o caso, afirmou que já se sabe que o advogado foi vítima de homicídio e que foi agredido sem uso de armas, e sim por agressão física. Ele não soube dar detalhes sobre o tipo de agressão. Até as 15h30, a Polícia Civil havia ouvido cerca de cinco testemunhas que estavam no local do crime. Mais pessoas prestariam depoimento no decorrer da tarde. OAB decreta luto Em nota oficial, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina lamentou a morte do advogado Roberto Caldart e decretou luto oficial de três dias. Também foi enviado um advogado para acompanhar a investigação da polícia. Pelas primeiras informações da OAB, "os fatos ocorreram no momento em que o advogado estava trabalhando, atendendo um cliente numa reintegração de posse. A OAB/SC manifestou condolências aos familiares do advogado Roberto Caldart e está prestando assistência à família", diz a nota.