28/11/2013 - 15:44 | última atualização em 28/11/2013 - 16:37

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Site reúne 900 mil páginas de processos contra presos políticos

redação da Tribuna do Advogado

Desenvolvido nos anos 1980 pelo Conselho Mundial de Igrejas e pela Arquidiocese  de São Paulo, o projeto Brasil: Nunca Mais reuniu em um livro relatórios de tortura, abusos e outras graves violações a direitos humanos cometidas durante a ditadura militar brasileira. Transportando este acervo histórico para o Século 21, foi criado o portal Brasil Nunca Mais Digital, que disponibilizou na internet todas as quase 900 mil páginas de processos movidos contra presos políticos utilizadas para a pesquisa. A OAB/RJ é uma das entidades parceiras na viabilização da iniciativa, que foi apresentada pela primeira vez no Rio de Janeiro em evento realizado na última sexta-feira, dia 22, na sede da Caarj.
 
"Foram digitalizadas cópias de processos do Superior Tribunal Militar de todos aqueles que foram julgados durante os anos de chumbo. É um projeto fundamental para que seja publicizado de forma democrática o que aconteceu naquele período sombrio", afirmou o presidente da OAB/RJ, Marcelo Chalréo.
 
Lançado oficialmente em São Paulo dia 9 de agosto, o site já recebeu mais de 33 mil buscas e teve 720 mil processos consultados. Fora o Brasil, internautas de EUA e Inglaterra são os que mais visitam o site, que registrou, também, acessos de lugares inusitados, como Etiópia e Irã.
 
Concebido pelo Armazém Memória e pelo Ministério Público Federal, o projeto é uma realização dessas duas entidades em parceria com o Arquivo Público do Estado de São Paulo. Somaram-se desde o início a essa iniciativa, além da OAB/RJ, o Instituto de Políticas Relacionais, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), o Arquivo Nacional e o Center for Research Libraries/Latin American Microform Project, sediado em Chicago, Estados Unidos.
 
A parceria foi ampliada no curso do processo com o apoio da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, do Arquivo Edgard Leuenroth da Universidade de Campinas, de Rubens Naves, Santos Junior, Hesketh – Escritórios Associados de Advocacia, da Comissão Nacional da Verdade e da Universidade Metodista de São Paulo. Contribuíram, também, o STM e o Consulado Geral do Brasil em Chicago.
 
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