O Senado aprovou ontem o nome do juiz Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A indicação foi aceita por 65 votos a favor, dois contra e uma abstenção. Mais cedo, Navarro participou de sabatina na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado, onde seu nome foi referendado por unanimidade. Na sabatina, questionado pelo senador José Medeiros (PPSMT), Navarro negou qualquer ligação com o executivo Marcelo Odebrecht ou com qualquer outra pessoa envolvida nas investigações da Operação Lava-Jato: "Simplesmente não os conheço. Não tenho, por isso, nenhum impedimento, nenhuma suspeição se tiver de vir a julgar este caso". Navarro tem o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo aliados de Renan, o nome de Navarro é favorecido por vários políticos do Nordeste, por ser integrante do Tribunal Regional da 5º Região, responsável pelos estados de Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe. O novo ministro conta com a preferência do presidente do STJ, Francisco Falcão, natural do Recife, e do ministro Humberto Martins, alagoano como Renan, de quem é muito amigo. Ao colocar em votação no plenário do Senado o nome de Navarro, Renan elogiou o presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB), pela "produtividade." "Fizeram um grande trabalho", disse Renan. O nome de Navarro foi bem recebido por vários senadores, como Romero Jucá (PMDB-RR) e o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN). "É um nome acima de partidos políticos", disse Agripino.