Após a Justiça proibir temporariamente o estado de conceder, ampliar ou renovar isenções fiscais, uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) com 199 empresas beneficiadas apontou que, em caso de perda desses incentivos, 89,6% teriam de demitir funcionários, o que representaria 45.022 empregos em risco. O estudo foi apresentado ontem, durante um seminário em defesa dos benefícios, que reuniu empresários, deputados e representantes do governo e de órgãos de controle. Segundo o levantamento, além de mandar embora, mais da metade das empresas (52,6%) fecharia as portas no estado. Dessas, 60% transfeririam as atividades para outro estado, e 40% encerrariam suas atividades. "Sem poder conceder incentivos, o estado terá queda grande de arrecadação de impostos, e a crise de caixa será agravada", afirmou o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugênio, Na apresentação da pesquisa, a Firjan reiterou projeções feitas nas últimas semanas; caso a proibição do benefício ocorra por tempo mais prolongado, o Rio poderia perder R$ 42 bilhões em investímentos programados para os próximos três anos.