Seccional promete apurar denúncias de propaganda enganosa envolvendo concessionárias Do Jornal do Brasil 23/06/2008 - Concessionárias como Nova Cedae, Light, Ampla, CEG, Oi e Supervia estão lutando contra a "advocacia de porta de agência". Práticas ilegais de captação de clientes e propaganda enganosa estão entre as acusações presentes na representação entregue ao presidente da OAB/RJ, Wadih Damous. Um processo já foi aberto para apurar as denúncias. "Temos provas de que esses advogados iludem seus clientes. São pilantras", reclamou o presidente da Nova Cedae, Wagner Victer. "Ficam nas portas das agências das concessionárias incentivando a entrada de ações contra os contratos firmados e prometendo ganhos judiciais irreais". Foram entregues à OAB anúncios em jornais e vídeos de propaganda, além de outros documentos, que denunciam a prática ilegal, como panfletagem, disponibilização de veículos para transporte de clientela e a instalação de filiais móveis em locais de acidente."Temos 150 mil ações contra as concessionárias", contabiliza Victer. "Não nego que existam problemas na Cedae, mas enquanto nós tentamos resolver os problemas com a defensoria, esses advogados antiéticos entulham a Justiça de processos. Há até casos de estelionato. Um advogado entrou com a mesma ação forjando um nome: em um documento o dono da ação se chama Kleber; no outro, Leber. Só tiraram uma letra!" Mercantilismo condenado O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous disse que o Tribunal de Ética da OAB/RJ vai julgar o caso. Tanto o Estatuto quanto o Código de Ética e Disciplina da OAB condenam o uso da profissão com essa postura mercantil. "Devemos sortear um relator do processo esta semana, que vai fazer as primeiras análise dos documentos", garantiu. "Alguns advogados são citados nominalmente e vão ser chamados para depor".