28/06/2017 - 10:11 | última atualização em 03/07/2017 - 11:47

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Seccional entrega Medalha Sobral Pinto a advogados formados na UEG

redação da Tribuna do Advogado

Foto: Lula Aparício   |   Clique para ampliar
A OAB/RJ realizou, nesta terça-feira, dia 27, mais uma solenidade de entrega da Medalha Sobral Pinto. A homenagem foi concedida a advogados que se formaram Faculdade de Direito da antiga Universidade do Estado da Guanabara (atual Uerj), cujo edifício era conhecido como Casarão do Catete. A condecoração é conferida a advogados com mais de 50 anos de profissão, agradecendo sua dedicação para o enriquecimento da advocacia.

O tesoureiro e presidente da Comissão de Prerrogativas da Ordem, Luciano Bandeira, representou na ocasião o presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, e reforçou a importância da homenagem àqueles que representam a história da advocacia fluminense. “O que faz essa medalha ser tão importante? Sobral Pinto construiu o ethos do que é ser advogado, desprovido de medo, de qualquer receio em defender os direitos que lhe eram confiados. Foi certamente uma das pessoas que me inspirou a fazer Direito. Construir uma sociedade com justiça social é a função dos advogados, espelhados no exemplo de vocês, que há mais de 50 anos exercem a profissão”, afirmou Bandeira.
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O procurador-geral da OAB/RJ, Fabio Nogueira, também participou da solenidade. Newton Fernandes de Farias fez um discurso emocionado em nome dos agraciados, lembrando o contexto histórico da época, marcado pelo golpe de 1964 e pelo regime militar. “Que essa medalha possa trazer, a exemplo do seu inspirador, a força necessária para continuarmos existindo, sempre contaminados pelos ideais de nossa formação. É o que penso, com grande emoção, sobre a nossa formação, trajetória, o exercício da profissão que abraçamos, e o empenho exigido de cada um de nós, cada vez mais inspirados pelo elevado espírito de Sobral Pinto”, declarou.

Heráclito Fontoura Sobral Pinto faleceu com mais de 90 anos e trabalhou até o fim de sua vida. Defensor dos direitos humanos, teve destaque como advogado de presos políticos nas ditaduras do Estado Novo (1937-1945) e militar (1964-1985). Apesar de conservador em suas convicções, aceitou defender presos como o comunista Luís Carlos Prestes.
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