02/09/2022 - 15:41 | última atualização em 02/09/2022 - 18:10

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Seap relata primeiro caso de varíola do macaco em unidade prisional

Ordem alerta advogados e advogadas que frequentam o sistema carcerário para cuidados de prevenção

Felipe Benjamin


A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou à OABRJ nesta sexta-feira, dia 2, que um caso de varíola do macaco foi detectado no Instituto Penal Santo Expedito. De acordo com a Seap, a paciente encontra-se isolada e recebendo medicação. Uma ação de rastreio e busca nas celas foi realizada por equipes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (Pnaisp), que identificaram outros seis casos suspeitos.

Os protocolos de vigilância sanitária foram ativados e todo o coletivo e servidores da unidade prisional receberam orientações quanto às medidas preventivas. A OABRJ alerta advogados e advogadas que frequentam as unidades prisionais para que estejam atentos aos cuidados e medidas adotadas para evitar o contágio. 

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (transmitida aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola. A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa. A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos, mas a OMS explicou que pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980. A agência trabalha na verificação dos estoques atuais de vacina da varíola para ver se precisam ser atualizados.

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