27/08/2018 - 15:40 | última atualização em 27/08/2018 - 15:50

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Roda de conversa sobre violência marca 12 anos da Lei Maria da Penha

redação da Tribuna do Advogado

           Foto: Lula Aparício  |   Clique para ampliar
 
Vitor Fraga
O Grupo de Trabalho (GT) de Enfrentamento à Violência de Gênero da Seccional, vinculado à OAB Mulher, promoveu nesta segunda-feira,  dia 27, uma roda de conversa sobre violência de gênero, marcando os 12 anos da Lei Maria da Penha. O encontro aconteceu no Plenário Evandro Lins e Silva, e foi transmitido pelo canal da entidade no Youtube.
 
“Hoje vamos falar sobre o aniversário da Lei Maria da Penha, que com certeza foi um marco importante. Mas ainda falta avançar muito, principalmente em relação à efetividade da norma. Existem muitas razões para as mulheres não denunciarem a violência sofrida, seja por medo da retaliação, por vergonha, descrença na Justiça, questão financeira, filhos, enfim. Não cabe mais aquela expressão horrível ‘mulher de malandro’”, criticou a presidente da OAB Mulher, Marisa Gaudio, ao participar da mesa de abertura. 
 
Foto: Lula Aparício |   Clique para ampliar
A mediação foi feita pela coordenadora do GT, Rebeca Servaes. “A Lei Maria de Penha é considerada pela ONU a terceira melhor do mundo em relação à defesa dos direitos das mulheres. É uma vitória de fato, mas ainda temos muitos obstáculos”, acrescentou.
 
Uma das palestrantes foi a promotora do I Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Carla Araújo. “Minha atuação no Ministério Público é marcada pela atenção à mulher prioritariamente. Tento acolhê-la. É preciso respeitar seu direito à desistência, suas dúvidas, seus silêncios etc. Não importa o motivo, ela não pode sofrer nenhum tipo de constrangimento por isso”, esclareceu.
 
As demais palestrantes foram a delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher/Deam-Rio (Centro), Débora Rodrigues, e as advogadas Danielle Souza e Marilha Boldt.
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