20/03/2024 - 16:09 | última atualização em 20/03/2024 - 21:22

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Risco de insegurança hídrica e alimentar no estado e no país por causa de mudanças climáticas é abordado em evento

Encontro foi o primeiro na OABRJ a compensar emissão de carbono

Biah Santiago



A Diretoria de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável da OABRJ, com apoio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea/RJ), realizou, nesta quarta-feira, dia 20, um evento para discutir os desafios globais e as ações locais relativas à mudança climática no país e no mundo.

Assista ao encontro na íntegra no canal da Seccional no YouTube. 

“O Rio de Janeiro precisa voltar ao protagonismo no Direito Ambiental. É estranho não assumirmos essa dianteira depois de um evento como a Rio 92 [Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento]. Portanto, precisamos trazer essa pauta de volta para nós”, considerou a diretora do grupo, Monique da Fonseca.



O painel foi composto pelo advogado e diretor da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), Leandro Mello Frota (ex-diretor de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável da OABRJ); pelo chefe-executivo do Centro de Operações do Rio, Marcus Belchior; pela presidente do Comitê Guandu, Mayná Coutinho; e pelo subprocurador consultivo do Crea/RJ, Douglas Estevam.

“Realmente, não faz sentido o fato de um estado que tem políticas públicas avançadas sobre o tema como o Rio tornar-se tímido e deixar a área ambiental, que impacta a vida de muitas pessoas. Ainda estamos patinando, por isso precisamos de um esforço coletivo para convocar a sociedade para tentar reconstruir e conquistar esse papel”, avaliou Frota. 

Para Mayná Coutinho, os obstáculos enfrentados pela advocacia que milita na área vão além da questão ambiental.

“A variabilidade climática extrema tem muito relação com os nossos desafios para a segurança hídrica, principalmente no Rio. Perpassa outros problemas como a segurança alimentar, além de causar impactos econômicos e sociais”, ponderou a presidente do Comitê Guandu.

Na segunda etapa do encontro - que pode ser assistida aqui - o grupo explicou como pôs em prática, no próprio evento, uma medida para diminuir o impacto ambiental das nossas ações rotineiras: a compensação de emissões de carbono por meio da compra de créditos. Algo inédito na sede da OABRJ. 

O vice-diretor de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável da OABRJ, Jean Sasson, explicou:


“A ideia foi promover esse encontro com os setores envolvidos para debater a emergência climática, trazer a conscientização para o público e não só isso, fazer o nosso dever de casa em meio a um desafio global”, disse Jean.



“Junto com a Green Tech Carioca Atmos - empresa especializada no tema -, promovemos a compensação das emissões do evento através de créditos de acordo com um cálculo com base na GHG Protocol, de quais seriam as emissões de gases do efeito estufa emitidos, como transporte, geração de energia elétrica entre outros aspectos ambientais”.

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