24/02/2017 - 09:49 | última atualização em 24/02/2017 - 09:50

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Rio terá 11.937 policiais militares no carnaval

jornal Extra

O carnaval do Rio de Janeiro terá um efetivo de 11.937 policiais em todo o estado, além do policiamento ordinário. O porta-voz da corporação, major Ivan Blazes, em entrevista ao jornal O Globo, já havia admitido que o carnaval deste ano teria um efetivo policial reduzido, sem informar, no entanto, a quantidade de PMs a menos nas ruas. Em 2016, o esquema de policiamento no carnaval contou com 15.464 PMs, praticamente o mesmo efetivo de 2015.
 
Nos arredores do Sambódromo e do Terreirão do Samba, no Centro do Rio, serão escalados 682 policiais miliatres de sexta a terça-feira de carnaval, segundo a Polícia Militar estadual. O policiamento a pé será empregado em locais de grande concentração de foliões, desfiles de escolas de samba e também nos blocos populares. O Regimento de Polícia Montada (RPMont) irá atuar no Sambódromo, Arcos da Lapa e Aterro do Flamengo.
 
Conforme antecipado nesta sexta-feira, o carnaval terá um efetivo policial reduzido. Devido à crise financeira, o governo do estado não tem conseguido fazer o pagamento das horas extras aos PMs. Segundo o porta-voz da corporação, major Ivan Blaz, o policiamento "mais comedido" deste ano é em razão desses atrasos. Blaz disse que se trata de uma "economia de esforços". O governador Luiz Fernando Pezão havia pedido à União a permanência dos militares até a semana que vem, mas a solicitação foi negada.
 
— Hoje não podemos comprometer a saúde física e mental da nossa tropa. Os policiais já vêm trabalhando em diversos grandes eventos, e temos conseguido garantir a segurança em todos eles, como nos Jogos Olímpicos e no réveillon. Porém, chegamos a um momento de alto nível de estresse da tropa. Procuramos hoje ser um pouco mais comedidos no emprego da tropa, mas sem perder sua eficácia. A missão tem que ser cumprida, mas com uma economia de esforços — disse o major. — Não é para a gente ficar empregando a tropa sem ter previsibilidade de pagamento de hora extra. Na maior parte dos estados do Brasil, paga-se hora extra para grandes eventos.
 
O Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur) terá esquema especial para garantir o atendimento aos visitantes, atuando com policiais biligues nos principais pontos turísticos, rodoviária, aeroportos e Sambódromo. O Batalhão de Ações com Cães (BAC) vai estar presente com policiais militares nos locais de maior concentração de pessoas, como por exemplo: Cinelândia, Parque Madureira e Central do Brasil.
 
O Grupamento Aeromóvel (GAM) utilizará aeronaves que sobrevoarão toda a cidade focalizando os eventos, com atenção especial na orla, Sambódromo e blocos de rua. O Batalhão de Polícia Choque (BPChq) atuará no Sambódromo, nas vias expressas, além de manter parte do efetivo aquartelado, assim como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), para atuar em situações de emergência.
 
O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) vai intensificar o patrulhamento nas rodovias estaduais, já os policiais do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) vão atuar na Avenida Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha. O Comando de Polícia Ambiental (CPAm) vai reforçar o policiamento nos parques e áreas de preservação ambiental. O policiamento da Operação Praia será mantido em toda a orla da capital (Zona Sul, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes).
 
O Centro Integrado de Comando Móvel (carro-comando) ficará baseado no Sambódromo. O carro receberá imagens captadas em tempo real de toda a orla da zona sul (imagens captadas da aeronave do GAM), câmara termal (ferramenta capaz de identificar armas de fogos). O Comando da Polícia Militar estará monitorando e coordenando o esquema de policiamento durante todos os dias do carnaval no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Praça Onze.
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