Parentes dos 51.113 presos do Estado do Rio estão sem poder fazer visitas em função da greve dos agentes penitenciários, que teve início à nesta terça-feira, dia 17.Sem ter recebido o salário de dezembro e o 13º do ano passado, os trabalhadores decidiram parar até a próxima segunda, dia 23. A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que iniciou um plano de contingência para manter a segurança e a rotina nas cadeias do Estado. A pasta, contudo, não detalha as ações, alegando medidas de segurança. Os grevistas fizeram piquete em frente ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, a principal cadeia do Estado, onde se encontra preso o ex-governador do Rio Sérgio Cabral. A Polícia Civil também iniciou uma paralisação de 72 horas em protesto contra atrasos salariais. Diante da greve, o governo do Rio anunciou que pagará nesta quarta-feira, dia 18, o salário de dezembro dos servidores da segurança pública, que incluem os agentes penitenciários, polícias e bombeiros. Não há informações ainda sobre o pagamento do 13º de 2016. O sindicato dos agentes penitenciários informou, em uma rede social, que a paralisação deve continuar nesta quarta-feira. Postura da OAB/RJ Com a greve, a entrada de advogados nas unidades prisionais do estado também está prejudicada. Em declaração oficial, a OAB/RJ afirmou que a reivindicação dos agentes penitenciários é justa. No entanto, a entidade buscará uma solução na base do diálogo, para fazer valer o direito constitucional de acesso de advogados a seus clientes.