18/10/2018 - 17:21 | última atualização em 18/10/2018 - 17:51

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Reunião da CDPD busca conscientização sobre Síndrome de Irlen

redação da Tribuna do Advogado

           Foto: Lula Aparício  |   Clique para ampliar
 
Clara Passi
Na Semana Internacional da Conscientização da Síndrome de Irlen, simbolizada por uma fita roxa, representantes da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RJ abriu as portas da Ordem nesta quinta-feira, dia 18, para um encontro que buscou caminhos para sensibilizar gestores públicos sobre o problema de processamento neurovisual. O objetivo foi também pensar em alternativas para multiplicar o conhecimento médico sobre o assunto e formar profissionais capacitados a fazer o diagnóstico, chamados de screeners
 
Foto: Lula Aparício |   Clique para ampliar
A oftalmologista e screener Gisele Cunha, que é mãe de crianças com a condição, abriu o evento com uma palestra. O vice-presidente da CDPD, Caio Silva de Sousa, representou a Ordem. Também participaram do encontro pacientes e militantes da causa. A síndrome, também caracterizada como estresse visual, é uma disfunção em que o cérebro tem dificuldade de processar a informação captada pelos olhos. Assim, a leitura torna-se um fardo, o que prejudica o desempenho escolar e pode refletir-se em mau comportamento e evasão escolar. Isso é particularmente grave entre crianças em situação de vulnerabilidade, por isso as conversas e propostas se direcionaram prioritariamente à rede pública de ensino. A parca literatura sobre o problema e o pouco conhecimento até mesmo na comunidade médica agravam o panorama no país, que tem no H'Olhos de Belo Horizonte seu maior pólo de pesquisa.
 
Segundo Cunha, estima-se que 15% da população mundial sofra da disfunção.  A forma prática de amenizar os sintomas entre crianças em idade escolar é distribuir overlays (papeis coloridos que devem ser sobrepostos às páginas de leitura) e alocar screeners nas escolas. “Como não é uma deficiência, é possível ter uma vida normal com o tratamento”, ressalvou a médica. Depois da palestra, os pacientes deram relatos pessoais sobre suas trajetórias.
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