07/11/2017 - 16:44 | última atualização em 07/11/2017 - 16:51

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Professor indiano fala sobre questões de gênero na mediação

redação da Tribuna do Advogado

Foto: Bruno Marins   |   Clique para ampliar
A Comissão de Mediação de Conflitos (CMC) da OAB/RJ convidou o professor indiano Sukhsimranjit Singh Bio, que é diretor do Straus Institute for Dispute Resolution, nos Estados Unidos, para falar sobre questões de gênero na negociação e na mediação. A presidente da CMC, Samantha Pelajo, destacou a parceria com o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem na organização do evento. “Estamos muito orgulhosos de poder receber um palestrante deste quilate na sede da Seccional. Aproveitem essa oportunidade para ouvir e colocar em prática as experiências que ele vai compartilhar conosco”, disse.

“As mulheres têm um caminho que se torna muito mais longo e mais difícil apenas por serem mulheres”, disse a presidente da OAB Mulher, Marisa Gáudio, pontuando a importância de promover debates sobre questões de gênero.

Singh levantou as principais diferenças entre homens e mulheres quando estão fazendo negociações e, também, durante a mediação. “Os homens quando fazem negociação são muito bons na fala, mostram confiança e interrompem a fala do outro quando acham que o que tem para falar é mais interessante”. Ele atribuiu essa atitude ao fato de que homens precisam mostrar o poder. Além da interrupção, outras “táticas”, segundo o professor, são o tom da voz e o uso do silêncio. “Se eu tenho poder não preciso falar muito. Quando você tem o poder percebido, você pode usar o silencio de forma eficiente”, explicou.

Em comparação com as mulheres, os homens usam tanto o silêncio quanto a interrupção muito mais vezes. Mas o professor ressaltou que essas características em si não tornam os homens melhores negociadores do que as mulheres. “As mulheres são melhores na preservação de relações e em descobrir se a necessidade emocional do outro é decisiva. Por isso, elas são humildes nas negociações. Não são piores que os homens, são diferentes”, disse, destacando que as mulheres são muito boas em ajudar o diálogo a continuar.

“Tenham equilíbrio na vida. Independentemente de ser homem ou mulher, para ser um bom negociador o ideal é unir as duas características. Ser tanto confiante quanto humilde”, aconselhou. 
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