30/03/2016 - 18:54 | última atualização em 04/04/2016 - 14:38

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Problemas da acessibilidade no transporte público pautam evento

redação da Tribuna do Advogado

Dando continuidade a questões debatidas no Fórum Municipal da Pessoa com Deficiência, a OAB/RJ realizou nesta terça-feira, 29, por meio de sua Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, uma audiência pública para tratar da acessibilidade no transporte público do Rio de Janeiro.
 
O evento abordou a questão do recadastramento para o Rio Card no município do Rio, explicando como funciona atualmente a garantia da gratuidade. Além disso, especialistas falaram sobre os problemas ainda encontrados na acessibilidade.
 
Ex-secretário estadual de transportes, o deputado estadual Carlos Osório (PSDB) afirmou que, de forma geral, o transporte do Rio de Janeiro não é acessível.
 
"Acredito que, para solucionar essa questão, primeiro temos que reconhecer que temos um problema. E um problema grave, que impede que pessoas com deficiência possam se locomover livremente pela cidade", observou.
 
Segundo ele, todos os investimentos na área de transporte, atualmente, estariam sendo realizados levando em consideração a questão: "O nosso problema é o gigantesco passico de décadas em que a acessibilidade não foiu considerada".
 
Para o predidente da comissão, Geraldo Nogueira, pode-se dizer que "há avanços dentro do atraso": "Não podemos desconsiderar que a própria sociedade não sobrava soluções até alguns anos atrás. Depois que começaram a pressionar, houve muitos avanços, sim, principalmente a a partir de apoios sociais".
 
Presidente da Comissão de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência da Assembléia Legislativa (Alerj), o deputado estadual Márcio Pacheco (PSC) afirmou que é preciso desburocratizar a aprovação de políticas de acessibilidade.
 
Já o promotor de Justiça Luis Cláudio Carvalho de Almeida ressaltou que a perspectiva deve ser de uma "acessibilidade real": "Não adianta termos uma acessibilidade que formalmente é atestada como tal se a cidade no geral não funciona de forma acessível. Se a manobra em um ônibus para a entrada de um cadeirante leva 5 minutos e se o próprio caminho desse cadeirante para o ônibus é cheio de obstáculos".
 
Participaram ainda da mesa de abertura a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Georgette Vidor; Superintendente de Políticas para Pessoa com Deficiência do Estado do Rio, Marco Castilho; e o representante da secretaria estadual de transportes Fábio Fernandes.
 
O evento teve apoio da Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro (Adverj) e do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comdef Rio).
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