O painel que deu início ao 1º Congresso Estadual da Jovem Advocacia, que está sendo realizado pela OABRJ, por meio da OAB Jovem RJ, nesta quinta-feira, dia 29, no Vivo Rio, tratou do posicionamento digital no início da advocacia e os limites éticos. O megaevento está preenchendo o dia com diversas palestras e workshops de capacitação profissional pensados para atender aos advogados e advogadas em início da carreira, ou seja, com até cinco anos de carteira. E não haveria tema mais indicado para abrir os trabalhos do que o marketing digital. Com apresentação da advogada especialista em marketing jurídico Mariana Belisário, o primeiro painel foi uma sequência de palestras: do ouvidor-geral da OABRJ, o mestre em Direito MBA/FGV e empreendedor Pedro Barreto, da advogada de formação, especialista em branding jurídico e fundadora da Agência Orquestra, Paola Francesconi; da mentora de advogadas e criadora do programa “Seja vista”, consultora do Programa Evolution, estrategista e sócia do “Entenda seu direito” e gestora comercial, Raísa Brasil. Barreto falou sobre empreendedorismo e marketing jurídico na era digital e frisou a necessidade de o profissional se tornar uma referência. Além disso, frisou a importância de os colegas aprenderem a usar as ferramentas digitais para buscar conhecimento além do seu próprio nicho. “Você pode ter todo o conhecimento do mundo, mas precisa saber se comunicar, prospectar a sua carreira e empreender. Desenvolva dentro de você o espírito empreendedor. Somos agentes de transformação social, somos responsáveis por alavancar a sociedade em que vivemos”, disse Barreto. A fala de Francesconi explorou o branding jurídico, ou seja, as formas como os jovens profissionais devem fortalecer a imagem e construir reputação na era das redes sociais. “Quando falamos sobre construção de imagem, construção de marca, estamos falando diretamente sobre comunicação. É muito importante saber quem você é sem se resumir ao que você faz profissionalmente. Nossa marca vai além das nossas construções profissionais”, afirmou a advogada. “Conhecer-se importa, mas se fazer conhecido abre portas”, reiterou Paola. Para encerrar o painel, Raísa Brasil apresentou algumas formas de estruturar um negócio, construindo a sua imagem nas redes sociais do zero. Para isso, a palestrante trouxe sete formas de impulsionar a carreira na era digital: definição do produto, mapeamento da clientela, conhecimento dos níveis de consciência, adaptação da linguagem, desconstrução do juridiquês e aplicação do conceito de “tríade conteúdo-forma-destinatário”, que consiste em estudar incansavelmente os nichos de atuação. “Quanto antes você é visto, mais rápido você é percebido. Você precisa saber com quem está falando, conhecer o seu público. Além disso, ao selecionar o seu conteúdo, essa escolha precisa ser racional, consciente e consistente”, declarou Brasil. “Comunicação só existe quando comunicador e receptor se entendem. A sua linguagem deve ser direcionada a quem precisa de você, falar o juridiquês não vai atingir o público que você precisa captar". A mediadora encerrou o painel reafirmando a necessidade de os jovens advogados e advogadas não desistirem dos seus objetivos pessoais e profissionais, usando sua história como referência. O 1º Congresso Estadual da Jovem Advocacia conta com o apoio da Caixa de Assistência da Advocacia do Rio de Janeiro (Caarj), da Comissão de Mentoria Jurídica da OABRJ, da Comissão de Prerrogativas e da Escola Superior da Advocacia (ESA) e com o apoio cultural do Vivo Rio. Os patrocinadores são: Associação dos Advogados de São Paulo (Aasp), Banco Bradesco, Doc9, Klini, Kurier, Livelo, Orquestra, PrimaVida e Universia.