13/10/2016 - 10:17 | última atualização em 13/10/2016 - 10:18

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Presidente da Alerj defende redução do número de UPPs

jornal O Globo

Um dia depois de o governo do Rio confirmar que José Mariano Beltrame não é mais o secretário de Segurança e que ele será substituído por Roberto Sá, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), defendeu um pacote de medidas de segurança para garantir a continuidade do programa de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs). Uma das sugestões é reduzir à metade o número de UPPs no estado. Hoje, são 38 na Região Metropolitana.
 
Picciani explicou que PMs de unidades extintas poderiam reforçar o patrulhamento em cidades onde aumentou a violência. Ele citou municípios da Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo. O presidente da Alerj contou que, nos últimos meses, conversou com autoridades da cúpula da segurança e que lutou pela permanência de Beltrame na pasta: "Eu não vejo uma crise na área de segurança com a saída de Beltrame. O que falta são condições reais de o estado manter um modelo (de UPP) como estava programado. Então, é preciso revisá-lo, diminuí-lo. Precisamos aperfeiçoá-lo, ainda que parcialmente, para não se perder o que já foi feito."
 
Ele disse que, diante da profunda crise financeira, o projeto não tem fôlego para crescer: "O projeto (das UPPs) levava em conta o crescimento do material humano (formação de novos PMs) e a manutenção de equipamentos. No estado, na atual situação, isso já não é mais possível. Eu não sou especialista em segurança, aliás não sou especialista em nada, mas o projeto precisa passar por uma reengenharia."
 
Para o deputado, presidente do PMDB no Rio, Beltrame ficou muito desgastado com a falta de condições reais para manter o programa: "Isso o deixava muito vulnerável. O Rio, na minha opinião, ou tem ajuda federal ou não tem condições para manter um projeto desse tamanho. Acredito que o desafio do novo secretário será esse: ou ele mantém 30 UPPs e reforça elas, deixando de ter policiamento ostensivo na maioria das cidades, ou ele diminuiu isso e reforça."
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