Porte de Livros: primeira estante da campanha é inaugurada em Queimados

Foi inaugurada em Queimados, na última sexta-feira, dia 29, a primeira estante de doações da campanha Porte de Livros, que estimula a doação de títulos em distintos locais do Rio de Janeiro. À frente do projeto, a vice-presidente da Seccional, Ana Tereza Basílio, explica a opção pelo município da Baixada Fluminense e se mostra otimista em relação à iniciativa. "Começar por Queimados é uma questão simbólica, já que, segundo dados oficiais, é a região do Brasil que mais sofre com a violência. A ideia é justamente contrapor essa informação ao conjunto educação, estudo e livros, como um alerta de que só vamos melhorar o país e diminuir a violência dando oportunidade às pessoas, acesso ao conhecimento. Este é o significado dos livros", acredita.

 

O presidente da subseção de Queimados, Alexandre Fontes, faz coro ao destacar as dificuldades enfrentadas pela população da cidade, em especial os mais jovens. "Por meio deste projeto, a Ordem fará diferença em nossa sociedade. Precisamos de uma mudança de pensamento e de consciência para que nossa juventude tenha uma vida justa, afastada do crime. O futuro do jovem queimadense tem um novo início hoje", aposta. Fontes elogiou a iniciativa dos organizadores de iniciarem a campanha pelas áreas mais necessitadas e afirmou ter o sonho "de convencer os mais novos a trocarem armas por livros".

 

A campanha Porte de Livros não engloba apenas obras jurídicos, aceitando publicações de estilos variados. O próximo ponto a ser inaugurado será em uma instituição pública de ensino, como informa Basílio, reforçando o intuito de priorizar áreas mais carentes. "Já estamos com um lote de cem livros separados. Temos a intenção de entregar em uma escola em São João de Meriti, mas ainda não fechamos alguns detalhes. Durante os três anos de mandato, vamos cobrir o estado inteiro, chegando a todas as subseções", afirma. 

 

Os pontos de recolhimento vão aceitar qualquer tipo de obra. Os livros não jurídicos serão entregues pelos presidentes de subseções a escolas públicas, enquanto os exemplares jurídicos serão distribuídos às bibliotecas das unidades da Ordem do interior.

 

O nome da campanha remete à expressão “porte de armas”, tema atualmente em voga na agenda política e nas discussões sociais do país. Ao criar tal paralelo e, simultaneamente, contrapor o livro ao instrumento bélico, a iniciativa traz à tona a necessidade de se pensar quais diretrizes devem guiar o modelo de país que pretendemos construir para as novas gerações. "Como declarou o escritor Monteiro Lobato", cita Basílio, “um país se faz com homens e livros”.

 

Confira abaixo os locais onde é possível fazer doações: