09/09/2013 - 13:12 | última atualização em 09/09/2013 - 13:15

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Polícia de São Paulo pode entrar em greve nesta terça-feira

Jornal Diário da Indústria e Comércio

Em estado de greve desde a última semana, a Polícia Civil do Estado de São Paulo pode iniciar uma paralisação geral a partir de amanhã caso o governo não atenda as reivindicações feitas pelas entidades representativas da classe. A informação foi dada pelo major Olímpio Gomes, em forma de protesto, durante o desfile em celebração ao Dia da Independência do Brasil, no último sábado, dia 7, no Sambódromo do Anhembi, onde aproximadamente 18 mil pessoas estiveram presentes. Segundo o major Olímpio, caso a Polícia Civil decrete a greve, a Polícia Militar também irá aderir à paralisação.
 
"Estamos muito perto de uma grande greve. Inclusive da polícia militar, o que vai piorar bastante para a população de São Paulo, e o culpado disso é ele [Geraldo Alckmin]", afirmou Major.
 
De acordo com Olímpio, a data-base de revisão de salários é 1º de março, o que contabiliza mais de 180 dias de atraso para definição do reajuste. "Além de estabelecer data-base, a lei, de 2004, foi sancionada pelo próprio governador Alckmin em outra gestão, e ele insiste em não cumprir", disse.
 
O governador, por sua vez, afirma que o impasse será definido nos próximos dias. "O aumento da polícia está caminhando bem. Quem conduz esse processo é o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, junto com o secretário da Fazenda e do Planejamento, Julio Semeghini, para que seja possível atender aos pleitos justos, valorizarmos carreiras, reajustarmos salários e ao mesmo tempo ter responsabilidade fiscal", afirmou Alckmin ao justificar os limites do orçamento. "Fizemos o orçamento desse ano com 4,5% de PIB e infelizmente o PIB deve crescer 2%. Há limitações", diz.
 
Desfile
 
Aproximadamente oito mil civis e militares participaram do desfile de 7 de setembro, em São Paulo. O evento, que foi assistido por 18 mil pessoas, segundo a organização da São Paulo Turismo (SPTuris), aconteceu de forma tranquila e sem incidentes, como ocorreram em cidades como o Rio e Recife, onde houve confrontos de manifestantes e polícia.
 
No entanto, em outros pontos da capital paulista, como a Avenida Paulista, houve tumultos. Ao menos nove pessoas continuavam presas na tarde de domingo, 8, na cidade de São Paulo após as manifestações de sábado.
 
Após dispersão, mascarados seguiram para a Praça da Sé, onde três pessoas foram atropeladas. Um homem de 30 anos foi atingido por um carro.
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