A OAB/RJ lamenta a morte do advogado trabalhista Manoel Martins, que faleceu nesta terça-feira, dia 9, aos 92 anos, devido a complicações e infecções relacionadas à idade. O velório foi realizado na Câmara de Vereadores de Niterói. O enterro será nesta quarta, dia 10, no Cemitério do Maruí (Barreto, em Niterói), em horário ainda não definido. Em 1964, Manoel Martins foi detido pelo regime militar. Após passar pelo centro de repressão da Marinha, na Ponta d'Areia, e pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), foi levado para o Estádio Caio Martins, por onde permaneceu preso por três meses. Em entrevista sobre o que viveu naqueles dias, Manoel afirmou ter sido submetido a todo tipo de humilhação. "Uma das imagens mais marcantes foi o dia em que abriram os portões do gramado para tomarmos sol. A cena daquelas pessoas rolando na grama nunca saiu da minha cabeça. Anos depois, voltei ao estádio, levado por meu neto, para assistir a uma partida de futebol e não aguentei ficar lá", lamentou o advogado, na ocasião. Manoel Martins deixa cinco filho e mais de dez netos.