21/11/2023 - 15:22 | última atualização em 21/11/2023 - 15:31

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OABRJ sedia segunda edição o Empreenda Jur 2.3

Evento contou com diversas palestras sobre o empreendedorismo jurídico

Felipe Benjamin



Realizada pela Comissão Especial de Gestão e Empreendedorismo Jurídico da OABRJ, a segunda edição do evento “Empreenda Jur 2.3” levou ao Salão Nobre Antonio Modesto da Silveira, na sede da Seccional, uma série de painéis que debateram, ao longo da sexta-feira, dia 17, os desafios do empreendedorismo dentro do universo do Direito. 

“Divulgar e priorizar o empreendedorismo é algo muito importante para nós no Rio de Janeiro”, afirmou a vice-presidente da OABRJ, Ana Tereza Basilio, durante seu discurso de abertura.

“Todos nós advogados somos, de certa forma, empreendedores nos nossos escritórios e temos um negócio a tocar. Precisamos ter agilidade para visualizar as tendências e oportunidades do mercado, e sabemos que o Direito tem um amplo leque de áreas de atuação, e cada uma delas tem oportunidades diárias de legislação e de oportunidades profissionais para os advogados que se dediquem com seriedade e ética”.

Na abertura, Basilio teve a companhia da presidente da comissão, Simone Amara Fernandes, e de sua secretária-geral, Fernanda Prado. Completaram a mesa três palestrantes do evento: a servidora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Daphne Cunha, que apresentou a palestra “Desvendando as custas processuais: os detalhes que aceleram seus processos”; a presidente da Comissão de Empreendedorismo Jurídico da OAB/ Barra da Tijuca, Ana Carolina Tedoldi, que teve como tema “Planejamento patrimonial e sucessório”, e o professor William Rocha, responsável pela palestra “A prática nos processos que envolvem a LGPD”.

Após as apresentações, o trio deu lugar ao presidente da 8ª Turma do Tribunal de Ética e Disciplina da OABRJ, Marcelo Rabelo Pinheiro, e à advogada Desirée Aquino, que apresentaram as palestras “O inexplorado processo disciplinar no sistema OAB” e “A atuação do advogado como perito judicial”. 

“Hoje, nesse mundo globalizado e virtual, o que mais precisamos é estar juntos, emanando energias boas”, afirmou Simone.

“A ideia hoje é trazer os colegas para um ambiente mais acolhedor e motivá-los. Empreender é antes de tudo ter motivação para se descobrir, se despertar e quem sabe, mudar aquilo que sempre fizemos. A vida é uma constante mudança e o advogado que não percebe que precisa acompanhar essa mudança, se atualizando, ficará, infelizmente, para trás na profissão”.



Durante a tarde, a segunda rodada de palestras levou ao Salão Nobre o membro do Instituto Brasileiro de Direito Tributário e da Associação Brasileira de Direito Financeiro, Gabriel Quintanilha, e o professor da Pontifícia Universidade Católica e mentor em Direito Administrativo e Regulatório na OABRJ, Rodrigo Chauvet, que apresentaram, respectivamente as palestras “ Advocacia tributária: cenário e oportunidades” e “Advocacia e o Direito Administrativo e Regulatório”.

Na sequência, a mesa contou com apresentações do diretor-adjunto da Advocacia Preta Carioca (APC), Moisés Santana (“A atuação dos advogados no Direito Eleitoral”); da presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB/Petrópolis, Bárbara Araújo (“Como advogar na área ambiental”); da secretária-geral da Comissão de Direito Militar da Associação Brasileira de Advogados do Rio de Janeiro (ABARJ), Aline Crivellari (“Direito Militar: um nicho a ser explorado”), e da integrante da Comissão Especial de Gestão e Empreendedorismo Jurídico da OABRJ, Carla Luciene Lima (“Prática da advocacia nas interfaces cliente e administração pública na área de saúde e serviços essenciais”). 

Ausente no evento, a integrante da Comissão de Direito da Moda da OABRJ e diretora jurídica da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Renata Cavalcante, enviou uma participação por vídeo, na qual falou sobre o tema “As nuances e a rotina de um departamento jurídico interno de empresa de moda”.

O “Empreenda Jur 2.3” contou ainda com a presença da diretora de Igualdade Racial da Seccional, Ivone Ferreira Caetano, como convidada de honra. “Atualmente, a cada dia que passa o termo ‘empreendedorismo’ ganha mais força”, afirmou Ivone.

“Mas já houve um tempo em que ele foi primordial e nós não falamos sobre isso. Eu não estava aqui, mas minha bisavó, avó e mãe, todas elas semi-analfabetas, me ensinaram que não há nada mais seguro do que o conhecimento. Dificilmente se fala de como o empreendedorismo surgiu no Brasil, a partir de escravizados e escravizadas, e todo brasileiro deve conhecer sua verdadeira história. Negros, e principalmente mulheres negras, foram aqueles que compraram a alforria de seus amigos, parentes e semelhantes, e muito pouca gente sabe disso. Aos 18 anos eu fiz um concurso para o IBGE e passei, mas até lá eu aprendi tudo o que uma mulher poderia aprender: costurar, bordar, maquiar pessoas e tratar de cabelos. Foi dessa forma, empreendedora, que consegui ajudar minha mãe e meus irmãos”.

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