19/02/2019 - 14:08 | última atualização em 19/02/2019 - 14:18

COMPARTILHE

OAB/RJ sedia première de documentário sobre defesa dos direitos indígenas

redação da Tribuna do Advogado

         Foto: Bruno Marins  |   Clique para ampliar
 
Vitor Fraga
A Ordem realizou nesta segunda-feira, dia 18, a première do documentário Suriman: o rio do veneno, que retrata o cotidiano e as dificuldades de atores sociais comprometidos com a defesa dos direitos indígenas no Vale do Javari (oeste do Amazonas). A região concentra uma das maiores reservas para populações indígenas do país, na fronteira do Brasil com o Peru.
 
Foto: Bruno Marins|   Clique para ampliar
A Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da Seccional coproduziu o documentário. O então presidente da CDHAJ, Marcelo Chalréo, acompanhou a equipe de produção durante as filmagens. O filme conta com o depoimento de lideranças indígenas, trabalhadores da Fundação Nacional do Índio (Funai), membros do Ministério Público Federal (MPF) e representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). 
 
No evento, que aconteceu no Plenário Evandro Lins e Silva, foram debatidas questões sobre a fronteira, que se mostraram incontornáveis para a compreensão do cenário e, por conta disso, também pautaram as discussões do documentário. Após a exibição houve um debate com convidados, entre os quais o diretor, Patrick Granja, além de membros do Cimi e Chalréo – que atualmente preside a Comissão de Direitos Sociais e Interlocução Sociopopular da Seccional. “O Patrick [Granja] foi muito feliz, o filme consegue fazer um apanhado geral daquilo que é a realidade daquela região, e sintetiza bem a magnitude do problema. Não há segredo sobre quem são as pessoas que cometem crimes, a expropriação e o verdadeiro genocídio contra as populações indígenas no país. O Estado brasileiro nada faz para impedir isso”, criticou Chalréo.
 
Foto: Bruno Marins |   Clique para ampliar
O diretor do documentário explicou que busca realizar denúncias de violações dos direitos humanos através do seu trabalho. “Temos visto muitos crimes premeditados que os jornais insistem em chamar de tragédias. Já realizamos outros trabalhos com o apoio da OAB/RJ, cujo apoio político se soma a outros de ordem financeira e logística para podermos acessar a região e ter contato com lideranças e associações locais. O objetivo, como sempre, foi denunciar violações gravíssimas e trazer essa informação para a cidade. Nosso trabalho é um esforço militante para utilizar o cinema como ferramenta para denunciar os crimes contra o nosso povo”, afirmou Granja.
Abrir WhatsApp