A Diretoria da Pessoa com Deficiência da OABRJ, em colaboração com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD) e apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), promoveu nesta quinta-feira, dia 2, o II Congresso Internacional da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro, que lotou o Salão Nobre Antonio Modesto da Silveira na Seccional. O evento foi transmitido ao vivo pelo canal da Ordem no YouTube, assista quando quiser. No início do encontro, o diretor da Pessoa com Deficiência, Geraldo Nogueira, enfatizou a necessidade de propagar a temática para outras áreas. “Essa semana realizamos uma maratona de eventos sobre as pessoas com deficiência”, disse Nogueira. “É o momento de darmos visibilidade para a causa, alertando o meio jurídico e a sociedade em geral, além de integrar as pessoas com deficiência em todas as áreas”. Também constituíram a mesa a secretária municipal da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro, Helena Werneck; a psicóloga e coordenadora do projeto ‘Luz para Minha Vida’, Sheila Barbosa; a presidente da Associação Brasileira de Narcolepsia e Hipersônia Idiopática (Abranhi) e coordenadora-geral do Congresso de Pessoas com Deficiência, Ana Braga; a vereadora Luciana Novaes (PT-RJ); o secretário municipal de Direitos Humanos e Promoção à Cidadania (Semdeh-Proc) de Queimados, Alexandre Monsores; a coordenadora da Divisão de Atenção à Pessoa com Deficiência de Seropédica, Jocilene Tavares; a subsecretária de Cuidados Especiais da Casa Civil do Governo do Rio de Janeiro, Veronica Legentil; e a ativista da causa das Pessoas com Deficiência, Lú Rufino. Uma das organizadoras do congresso, Sheila Barbosa destacou a importância da inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. “É muito importante termos a presença de todos aqui para lutar por esta causa, pela inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência”, considerou Barbosa. “Acredito que a informação é a base de tudo. Dialogar sobre direitos, saúde e construção de políticas públicas para tornarmos o nosso país mais inclusivo”. As exposições abordaram temas centrais à causa. Entre eles acessibilidade, inclusão e educação social; doenças raras e invisíveis; narcolepsia e hipersônia idiopática (que são distúrbios do sono excessivo e até mesmo paralisia do sono e alucinações hipnagógicas); avaliação da deficiência para efeitos de lei; métodos para cuidados na transição de cuidados de adolescentes neurodiversos - acesso ao serviço de saúde na perspectiva da integralidade; a importância do esporte na vida da pessoa com deficiência; capacitismo e demais questionamentos. As palestras ficaram a cargo de Geraldo Nogueira e do integrante da Diretoria da Pessoa com Deficiência, André Coelho; do médico e da assistente social da Fiocruz, Juan Llerena Júnior e Dolores Vidal; do deputado estadual (MDB-RJ) e membro Comissão de Pessoas com Deficiência na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Otoni de Paula Pai; da nutricionista, Rafaela Fontes; da professora e assessora especial da SMPD, Flavia Cortinovis; do medalhista paraolímpico, Anderson Lopes; da psicopedagoga e presidente do Centro Sebrae de Referência em Educação Empreendedora (CER), Natalia Reis; do vice-presidente de Esporte e para Saúde PCD da Secretaria de Esporte do Rio de Janeiro, Renato de Paula; da professora e educadora física em Psicomotricidade, Renata Gattulli; da graduanda em Psicologia, Manuela Jordão; da conselheira municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Bahia, Rosana Lago; do diretor do Instituto de Educação, Política e Cidadania (IEPC), Carlos Henrique Virtuoso entre outros convidados. Ativista no tema e integrante das comissões OAB Mulher e de Enfrentamento à Violência Doméstica da OAB/Bangu, Lú Rufino ressaltou a perspectiva de gênero entremeada à luta das pessoas com deficiência. “Acho que precisamos sim falar da falta de acessibilidade, de políticas públicas, mas temos que nos atentar para a condição de gênero da pessoa com deficiência”, destacou Rufino. “O fato de estarmos em uma cadeira de rodas, não nos tira a condição de sermos mulheres, de termos potencialidades e talentos. Temos sim que discutir temas importantes para que essas situações se resolvam, mas também temos que entender que existe vida feliz para nós, pois deficiência não é uma doença”. Na ocasião, o público participou com indagações, dúvidas e relatos quanto às apresentações dos palestrantes. Veja aqui a segunda parte do encontro.